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Déficit estimado do setor público piora para 12,4% do PIB em 2020, diz ministério

O Ministério da Economia piorou suas projeções e estima agora um déficit do setor público consolidado de R$ 891,1 bilhões em 2020 (12,4% do PIB). A última previsão, feita no fim de julho, era de um déficit de 11,3% do PIB. Os dois casos consideram um recuo de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, conforme a previsão da Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.

Para o Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central), a estimativa é de déficit de R$ 866,4 bilhões em 2020 (12,1% do PIB). Antes, a previsão era de 11% do PIB.

De acordo com a apresentação do Ministério da Economia, as medidas relacionadas à covid-19 têm impacto primário de R$ 605 bilhões em 2020, o que corresponde a 8,4% do PIB. As novas previsões consideram um gasto adicional de R$ 67,6 bilhões com o pagamento do auxílio emergencial até o fim do ano.

O secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, lembrou que esses gastos fazem parte do chamado “orçamento de guerra”, aprovado pelo Congresso Nacional.

O pagamento do auxílio emergencial entre abril e dezembro deste ano representa a maior despesas primária relacionada à pandemia do novo coronavírus, chegando a R$ 321,8 bilhões, já considerando os novos pagamentos de R$ 300 até o fim do ano.

Desconsiderando o impacto primário de medidas contra a covid-19, o déficit primário do Governo Central ainda seria de R$ 261,4 bilhões em 2020. Até o último dia 2 de setembro, as despesas pagas relacionadas à covid-19 somam R$ 366,9 bilhões.

Dívida

O Ministério da Economia prevê que a dívida bruta do governo geral (DBGG) fique em 94,6% do PIB no cenário base, que considera um recuo de 4,7% no PIB brasileiro em 2020. No pior cenário, em que o PIB recua 6,7%, a DBGG iria para 96,9%.

A previsão para a dívida líquida do setor público é alcançar 67,9% do PIB em 2020 no cenário base e 69,7% do PIB no pior cenário. Já a necessidade de financiamento fica em 17% do PIB no cenário base e 17,6% do PIB no pior cenário.

Por Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues

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