A consultoria G5 Partners enviou nota ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) esclarecendo sua relação com Marcelo Serfaty, atual presidente do conselho de administração do BNDES. De acordo com a nota, Serfaty é sócio da G5 Gestora de Recursos Ltda (“G5 Gestora”), que conta com investimento minoritário da G5 Partners em seu capital social. “Ele não é sócio ou administrador da G5 Partners e nem o era na data de eleição para o conselho de administração do BNDES”, ocorrida no fim do ano passado, destaca a nota.
Mais cedo, o Broadcast publicou a notícia dizendo que a G5 Partners avalizou parcerias firmadas pela Caixa com empresas de consórcio e de serviços assistenciais.
Segundo ata do conselho divulgada pela instituição financeira, no fim da noite da terça-feira, a empresa de consultoria foi contratada para definir os novos parceiros, cujos trabalhos para identificá-los começaram, respectivamente, no dia 21 e 26 de maio.
O trabalho da G5 foi emitir “fairness opinion” (um parecer) sobre o processo de seleção das empresas. O trabalho foi acompanhado pelo comitê de auditoria da Caixa e aprovado pelo conselho de administração, liderado por Pedro Guimarães, presidente do banco.
Nesta mesma reportagem, havia referência à notícia publicada pelo Estadão/Broadcast mostrando uma suposta relação de conflito de interesse entre Serfaty e os contratos no valor de quase R$ 10 milhões assinados pela G5 com o BNDES.
De acordo com a nota da G5 Partners, a contratação de assessores financeiros para efetuar os trabalhos mencionados não é matéria competência do conselho de administração do BNDES.
“Todas as contratações mencionadas se deram por meio de processos licitatórios via pregões eletrônicos nos quais os consórcios de empresas que a G5 Partners integra sagraram-se vencedores por apresentar proposta com o menor preço, conforme informações públicas disponibilizadas no site do BNDES”, diz a nota da G5 Partners.
Ainda segundo a G5, alguns dos contratos foram fechados mesmo antes da entrada de Serfaty no conselho do BNDES.
Por André Vieira
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