Depois de receber as credenciais do novo embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que depende da ratificação de todos os países do bloco. O tratado tem sido criticado no exterior por grupos que questionam a política ambiental do Brasil e o aumento do desmatamento na região amazônica.
“Recebi as credenciais do Embaixador da Alemanha. Reafirmamos nosso interesse de aprofundar a parceria econômica e de assinar o Acordo Mercosul-União Europeia”, disse Bolsonaro pelo Twitter.
No ano passado, declarações de Bolsonaro sobre o Fundo Amazônia, que tem a Alemanha como um dos investidores, causaram mal estar entre os países. Em agosto de 2019, o presidente disse que a Alemanha “vai deixar de comprar à prestação a Amazônia”, ao comentar a suspensão dos investimentos do país europeu. Agora, o governo brasileiro tenta retomar os investimentos.
“Pode fazer bom uso dessa grana, no Brasil não precisa disso”, afirmou Bolsonaro na ocasião. Questionado se a situação não seria ruim para a imagem do País, o presidente insinuou, na época, que grandes países estariam interessados em se “apoderar” do Brasil.
O presidente também destacou que os embaixadores da Armênia, Arman Akopian, e da Argentina, Daniel Scioli, também apresentaram as suas credenciais na manhã de hoje. “O Brasil tem orgulho de seus fortes laços humanos com o povo armênio e da importante relação com os nossos irmãos da Argentina”, declarou na rede social.
Por Julia Lindner
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