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Cenário fiscal preocupa e Bolsa fecha com queda de 1,7%; dólar fica a R$ 5,49

(Foto: Shutterstock)

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, aprofundou as perdas nesta segunda-feira, 17, e encerrou com queda de 1,73%, aos 99.595,41 pontos, após um aumento da preocupação com o cenário fiscal do País e o crescimento do desconforto com as contas públicas do governo. Esse temor também pressionou o dólar que disparou ante o real, para fechar com alta de 1,30%, a R$ 5,4971. Com a agenda econômica esvaziada, pesou ainda o aumento dos rumores sobre uma possível saída de Paulo Guedes do governo.

Com o resultado de hoje, a Bolsa chegou ao mesmo patamar de 14 de julho, quando bateu na mínima dos 98.288,81 pontos – a última sessão em que o Ibovespa operou abaixo da linha de seis dígitos. “Se perder este suporte, a tendência é de que passe a ter como referência a média móvel de 200 dias, agora a 96.459 pontos”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

Monteiro destaca que não houve nenhuma nova informação, mas que o mercado segue de olho nas movimentações em Brasília. “Não houve uma notícia nova, mas o mercado se ajusta ao fim de semana, com o noticiário de que a substituição do Paulo Guedes pelo Campos Neto estaria em preparação, com o Guedes agora sozinho na luta contra a ala das obras”, afirmou.

O mercado observou ainda o debate referente ao Orçamento de 2021. Guedes vai receber o senador Marcio Bittar (MDB-AC), para discutir a unificação em único texto das medidas de controle de despesas e acionamento dos gatilhos do teto de gastos. O senador já é o relator designado da proposta de Orçamento e deverá ser indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AC), para a relatoria dessa nova PEC que visa garantir o cumprimento do teto de gastos sem mudanças.

Ainda hoje, pesquisa XP/Ipespe apontou que a aprovação de Bolsonaro foi de 30% para 37%, o maior nível desde março de 2019. A reprovação, por sua vez, passou de 45% para 37%, a menor desde agosto do ano passado./MATEUS FAGUNDES E LUÍS EDUARDO LEAL

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