Com impacto total da pandemia do coronavírus sobre os negócios, a CCR reportou um prejuízo líquido de R$ 142,1 milhões no segundo trimestre, contra um lucro de R$ 347,4 milhões um ano antes. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 13, em balanço enviado à CVM.
Ao se avaliar o critério mesma base, a empresa teve prejuízo de R$ 164,7 milhões, ante um lucro de R$ 329,5 milhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. O critério mesma base exclui dos períodos confrontados os novos negócios e alterações de participação (neste caso, ficaram de fora a ViaSul, VLT e ViaCosteira).
A queda no movimento das rodovias foi o principal entrave do grupo no trimestre. O tráfego consolidado apresentou decréscimo de 18,2%, sendo que, excluindo-se a CCR ViaSul, a queda foi de 22,1%.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 38,1% , para R$ 853,6 milhões. A margem Ebitda caiu 13,5 pontos porcentuais, de 61,8% para 48,3%.
A Receita Líquida registrou queda de 20,9%, indo de R$ 2,234 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 1,767 bilhão no mesmo período deste ano.
Apesar do cenário difícil para o trimestre, a CCR trouxe um recorte dos seus números que mostram uma retomada no período. As quedas apontadas no trafego consolidado no início de cada mês do trimestre (abril, maio e junho) foram de 30%, 24% e 14% respectivamente.
A CCR destacou no balanço o trabalho para manter o negócio captalizado durante as incertezas da crise por meio de estratégias de antecipação de captações no mercado. “Essa decisão permitiu elevar o caixa da companhia em 25%, alcançando R$ 6,3 bilhões”, explicou a empresa.
A dívida líquida consolidada atingiu R$ 14,4 bilhões em junho de 2020, alta de 7,4% no ano, e o indicador dívida líquida/EBITDA ajustado (últimos 12 meses) atingiu 2,7 vezes, contra 2,4 vezes um ano antes, reflexo da queda no ebitda para o período.
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Por Cristian Favaro
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