Pouco antes de divulgar seus resultados do segundo trimestre de 2020, a B3 anunciou uma emissão de debêntures, revisão de projeções operacionais e postergação da implementação das novas políticas de tarifação. No que diz respeito à emissão, o conselho de administração aprovou uma captação de R$ 3,55 bilhões, em série única.
Os títulos terão prazo de quatro anos, vencendo em agosto de 2024. A remuneração oferecida aos investidores será composta por 100% da taxa DI, mais um prêmio de 1,75% ao ano.
Sobre as novas projeções, a B3 espera despesas atreladas ao faturamento entre R$ 170 milhões e R$ 200 milhões, ante o intervalo anterior entre R$ 145 e R$ 165 milhões. Segundo a companhia, a nova previsão para despesas tem a ver com novos programas de incentivo, recuperação mais rápida que a inicialmente prevista no financiamento de veículos, e aumento do preço do ouro.
Para os investimentos, a nova previsão é de um intervalo entre R$ 395 milhões e R$ 425 milhões, ante R$ 300 milhões a R$ 330 milhões anteriormente. Isso por conta dos aportes no aumento da capacidade em sistemas e plataformas com o novo patamar de volume de negócios, com a maior parte deles em dólares; e por projetos recentemente aprovados para adicionar produtos e serviços aos participantes do mercado.
A operadora da Bolsa brasileira anunciou ainda que o início do período de certificação para a implementação das novas políticas de tarifação dos produtos do mercado à vista de renda variável. Esta revisão estava prevista para agosto, e passou para janeiro de 2021, com conclusão prevista para o primeiro semestre do ano que vem.
Por enato Carvalho
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