A Sinqia reportou na noite de terça feira (11) os resultados do segundo trimestre de 2020, após o fechamento de mercado. A empresa apresentou resultado operacional recorde, mostrando excelente gestão e resiliência em meio ao ambiente complicado do trimestre.
A receita líquida veio recorde, em R$ 49,6 milhões (+17,5% vs. 2T19), aumento decorrente do crescimento orgânico (+15,1% vs. 2T19) e inorgânico (+2,4% vs. 2T19). A combinação de crescimento de receita, custos sobre controle, com aumento na margem bruta e queda nas despesas gerais e administrativas como proporção da receita, levou a um EBITDA ajustado recorde de R$ 7,4 milhões (+44,8% vs. 2T19), um resultado expressivo e acima das expectativas.
O destaque positivo do trimestre, além do bom controle de custos, foi a carteira de contratos recorrentes de software. Estes são contratos assinados anualizados, implantados ou não, que passam a gerar receitas recorrentes após a conclusão da implantação. A carteira alcançou o valor bruto recorde de R$ 150,4 milhões (+9,5% vs. 2T19) ante R$ 137,3 milhões no 2T19, aumento de R$ 13,1 milhões, crescimento justificado, principalmente, pelo bom desempenho de vendas no mês de maio. Por essa razão, a carteira de contratos mostra crescimento em relação aos R$ 146,9 milhões do trimestre anterior (+2,4% vs. 1T20, o equivalente a 10,0% anualizados), mesmo com forte retração econômica, demonstrando a resiliência da Companhia em ambiente adverso.
As ações da Sinqia (SQIA3) apresentam desempenho positivo em 2020: valorização de 1,8% contra queda acumulada de 11,65% do Ibovespa. Analistas esperam impacto positivo no preço das ações da companhia no curto prazo, devido ao bom resultado do trimestre, com destaque para a margem Ebitda acima das expectativas.
A receita recorrente da empresa foi recorde (também) de R$ 43,5 milhões (+23,2% vs. 2T19), representando 87,8% da receita líquida total – percentual mais alto na história da Sinqia, o que é visto pelos analistas como algo muito positivo, dado que garante para a empresa uma previsibilidade de seus resultados.
Os custos mostram a empresa disciplinada na gestão de gastos. Os custos foram de R$ 32,8 milhões, crescendo 10,1% na comparação anual, e o lucro bruto atingiu R$ 16,8 milhões, crescimento de 35,3% sobre o 2T19.
As despesas gerais e administrativas vieram em R$ 9,4 milhões, 4,4% acima do 2T19, e representaram apenas 19,1% da receita líquida, o menor percentual da história. Segundo a empresa, essa redução foi proporcionada “pela queda no turnover, renegociação de contratos com fornecedores, e suspensões temporárias das despesas com eventos e viagens, entre outros”. Por fim, mais importante do que o ganho no trimestre é o fato de que uma parte das suspensões temporárias serão convertidas em ganhos permanentes daqui para frente.
Vale destacar também que a empresa continua com uma sólida posição de caixa, com caixa líquido de R$ 260,2 milhões, crescendo R$ 14,2 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2020. Esse crescimento pode ser entendido como a geração de caixa da empresa no trimestre, o que é bastante positivo. Ademais, a Sinqia continua muito bem posicionada para continuar seu processo de aquisições.
Os principais catalisadores das ações da Sinqia (SQIA3) nos próximos meses são a possibilidade de mais aquisições relevantes, dando sequência à aquisição recém anunciada da ISP que deu início ao 3º ciclo de aquisições e o crescimento nas suas receitas e margens de forma orgânica.
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