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Lucro líquido recorrente da Itaúsa (ITSA4) recua 41% no segundo trimestre

(Foto: Divulgação)

A Itaúsa (ITSA3/ITSA4) divulgou nesta segunda-feira (10), após o fechamento do mercado, o seu balanço referente ao 2T20. Por ser uma empresa de participações (holding) com praticamente 100% do capital investido em companhias de capital aberto que já reportaram seus resultados previamente, os números não apresentaram grandes surpresas.

O principal destaque negativo foi na linha de lucro líquido recorrente, que totalizou R$ 1.423 milhões, queda de 41% na comparação anual. Com isso, o seu indicador de Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Recorrente (ROE) foi de 9,4% no primeiro semestre de 2020, 8,4 pontos percentuais a menos que no mesmo período de 2019.

O Banco Itaú, principal companhia investida pela Itaúsa, apresentou queda de 42% no seu lucro líquido recorrente no período, muito por conta do aumento das provisões para devedores duvidosos e a queda na sua receita de serviços com menor atividade econômica.

Outro importante fator a ser analisado no caso de Itaúsa – o desconto de holding, que demonstra o desconto do somatório do valor de mercado das suas participações (Itaú, Alpargatas e Duratex) em relação o valor de mercado das suas ações (Itaúsa) fechou o trimestre em 20,1%, acima da média dos últimos trimestres.

Contudo, como em julho as ações da Itaúsa (ITSA4) apresentaram alta de 11,2% e as ações do Itaú (ITUB4) subiram menos (5,7%), o desconto “fechou” para 16,4% no último mês.

Como o resultado não apresentou grandes novidades, analistas esperam que as ações da Itaúsa (ITSA3/ITSA4) apresentem um desempenho em linha com o Ibovespa na sessão desta terça-feira (11).

No ano as ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) recuam 23,6%, desempenho inferior ao do principal índice acionário do mercado brasileiro, que recua 10,5%.

Apesar do desempenho ruim das ações da companhia em 2020, a base de acionistas Pessoa Física passou de 363,5 mil em dez/19 para 750,5 mil pessoas em junho/20, um crescimento de 106%.

Todas as companhias de capital aberto investidas (Banco Itaú, Alpargatas e Duratex) apresentaram queda nos seus lucros no 2T20 devido à Covid-19. Contra intuitivamente, o Banco Itaú foi o menos atingido a partir deste critério neste período, visto que a queda no seu lucro recorrente foi de 42%, enquanto no caso de Alpargatas foi de 63% e de Duratex de 97%.

Além da queda no lucro, a Itaúsa terá seu potencial de distribuição de proventos, marca registrada da companhia, bastante reduzida em 2020. O Banco Central limitou temporariamente a distribuição de dividendos das instituições financeiras acima do mínimo estatutário, ou seja, o payout (parcela dos lucros distribuída através de proventos) do Banco Itaú, maior exposição da Itaúsa, não passará os 25% do lucro líquido.

Com isso o dividendo anunciado juntamente com o resultado foi de apenas R$ 0,02 por ação, com data de corte no dia 17/08 e pagamento em 26/08. O Retorno do Provento é de 0,2%.

Analistas esperam que a retomada da distribuição de proventos se concretize em 2021. No momento as ações da Itaúsa (ITSA4) negociam com um dividend yield projetado 2021 próximo aos 4,5%, um patamar que os analistas julgam ser bastante atrativo. Nós temos recomendação aberta para a compra das ações ITSA4

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