As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta terça-feira, 11, em meio a expectativas de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos e a recente escalada das tensões entre americanos e chineses.
Investidores na Ásia estão na expectativa de que governo dos EUA retome negociações com lideranças democratas no Congresso sobre um novo pacote fiscal em resposta à pandemia de coronavírus, que já acumula mais de 20 milhões de casos no mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Na segunda-feira, 10, o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, garantiu que a Casa Branca está disposta a retomar o diálogo.
No sábado, 8, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou decretos executivos estendendo alguns benefícios fiscais, diante do fracasso das conversas entre republicanos e democratas no fim da semana passada.
Mas tensões entre Washington e Pequim continuam no radar. Na segunda, a China impôs sanções a 11 cidadãos dos EUA, incluindo senadores, em retaliação ao gesto dos EUA, que na última sexta, 7, penalizou 11 autoridades de Hong Kong e chinesas pela questão da nova lei de segurança nacional implantada pelos chineses no território semiautônomo.
Bolsas da Ásia
Na China continental, os mercados foram para território negativo na segunda parte dos negócios: o índice Xangai Composto recuou 1,15%, a 3.340,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,49%, a 2.243,45 pontos. O Taiex também ficou no vermelho em Taiwan, com perda de 0,88%, a 12.780,19 pontos.
Por outro lado, o Nikkei subiu 1,88% em Tóquio, a 22.750,24 pontos, retomando operações após um feriado nacional no Japão, enquanto o sul-coreano Kospi renovou máxima em 26 meses, ao avançar 1,35% em Seul, 2.418,67 pontos, acumulando ganhos por sete pregões consecutivos, e o Hang Seng se valorizou 2,11% em Hong Kong, a 24.890,68 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana foi favorecida por ações de grandes bancos domésticos e do setor imobiliário, e o S&P/ASX 200 registrou alta de 0,47%, a 6.138,70 pontos.
Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta terça-feira em alta, seguindo o comportamento majoritário em Nova York de segunda e na Ásia nesta terça, apesar da recente escalada nas tensões entre EUA e China e de o mundo ter atingido a marca de 20 milhões de casos de covid-19. Às 4h10, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,90%, a de Frankfurt avançava 0,98% e a de Paris se valorizava 1,02%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,19%, 1,20% e 0,43%, respectivamente.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta na madrugada desta terça-feira, ampliando ganhos da sessão anterior, em meio a esperanças de que a retomada da economia mundial esteja ganhando força, após o choque do coronavírus, e de que os EUA lancem mais estímulos fiscais. “O apetite por risco continua robusto, sustentado pela recuperação da economia global, que está superando as expectativas”, avalia Stephen Innes, estrategista-chefe de mercados globais da AxiCorp. “A perspectiva de mais estímulos adicionais nos EUA está sustentando as esperanças”, diz. Às 4h30 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro avançava 0,64% na Nymex, a US$ 42,21, enquanto o do Brent para outubro subia 0,40% na ICE, a US$ 45,17.
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