A JSL assinou um contrato para adquirir a Moreno Holding LTDA, empresa proprietária da Transmoreno Transporte e Logística. A transação tem valor de R$ 310 milhões, que serão pagos em dinheiro, sendo R$ 100 milhões na data de fechamento e o restante em parcelas semestrais, quitadas ao longo de cinco anos. O valor será ajustado com base na dívida líquida, no capital de giro e em outros ajustes, também na data de concretização da compra.
A Transmoreno começou a operar em 1978 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). A companhia atua no transporte de veículos por carretas do tipo “cegonha” e presta serviços de logística automotiva, e tem, de acordo com a JSL, importante posição no mercado de transporte de veículos novos.
A transportadora atua em todo o Brasil, e tem mais de 720 mil metros quadrados em áreas e pátios para armazenagem e distribuição de veículos para montadoras. Segundo o fato relevante divulgado pela JSL, “duas das principais montadoras de veículos” instaladas no País estão na carteira de clientes. O modelo é considerado leve em ativos (asset light), já que a Transmoreno oferece soluções logísticas através de uma rede de terceiros.
Em 2019, a companhia teve receita líquida de R$ 210,2 milhões, Ebitda de R$ 58,7 milhões, lucro líquido de R$ 38,3 milhões e caixa líquido de R$ 18,6 milhões. A quantidade de veículos transportados foi de 100,4 mil, e a distância média percorrida, de 1.349 quilômetros.
A JSL afirma que a aquisição está alinhada à sua estratégia de crescimento, diversificação e consolidação no setor de logística. A empresa espera aumentar sua participação no transporte de veículos, ampliar a rede de caminhoneiros agregados a ela e a capilaridade de sua rede de distribuição. Adicionalmente, a holding vê aumento de vantagens competitivas com as sinergias do negócio, e oportunidades de venda cruzada de serviços aos clientes da Transmoreno.
A transação será analisada em Assembleia Geral Extraordinária, sendo que a Simpar, detentora de 55,09% do capital da JSL e parte do bloco de controle da empresa, já se comprometeu em votar a favor da operação, o que elimina o direito de recesso. A compra também será submetida à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Por Matheus Piovesana
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