O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou a saída dos Estados Unidos da entidade nesta quinta-feira, 6, pela falta que o país irá fazer em termos de liderança, não de investimentos financeiros.
“Estivemos trabalhando com os EUA de perto. O país é conhecido por sua generosidade, apoio e liderança quanto à saúde global”, afirmou durante o Fórum de Segurança em Aspen sobre a nação que é a maior doadora da OMS.
“O problema não é o dinheiro. A questão não é financeira. É pela própria relação, que é muito mais importante”, disse ele.
O governo Donald Trump acusou a organização de ser controlada pela China e de encobrir a proporção da pandemia de covid-19. A Casa Branca iniciou o processo de saída formal da entidade, que leva um ano para ser concluído, em 7 de julho.
Ghebreyesus afirmou esperar que os EUA reconsiderem sua posição e, tanto a agência como a Organização da Nações Unidas (ONU) estão aberta a avaliações.
“Isso pode ser feito de dentro, sem deixar a organização”, acrescentou. “Se houver algum problema, iremos encontrá-lo e aprender com isso. Mas agora é hora de trabalharmos juntos no combate ao coronavírus.”
O diretor-geral relembrou o papel que o país desempenhou no auge da epidemia do HIV, na década de 80, quando ele era ministro da Saúde na Etiópia. “A liderança americana deu esperança a indivíduos, famílias e nações.”
Ghebreyesus também disse que a OMS ainda está em contato com os EUA, trabalhando juntos sobre a missão de reconhecimento das origens do novo coronavírus que acontecerá na China.
Nesta semana, a entidade anunciou a conclusão dos trabalhos iniciais da investigação, que estabeleceu as bases para uma equipe mais ampla de especialistas realizar um estudo aprofundado sobre o surgimento da covid-19.
Por Milibi Arruda
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