Dólar fecha a R$ 5,31 de olho em possível corte da Selic; Bolsa fica estável

Nem mesmo o clima mais favorável vindo do exterior, principalmente de Nova York, animou a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que fechou praticamente estável, com leve baixa de 0,08%, aos 102.829,96 pontos. No mercado acionário brasileiro, pesou hoje a sensação de realização de lucros do final de julho, somada à espera pela divulgação de novos balanços. Já o dólar encerrou o dia com valorização de 1,86%, a R$ 5,3140, de olho em um novo possível corte da Selic.

Por aqui, o investidor ainda espera pela divulgação do balanço do Itaú para o segundo trimestre, um dos três maiores bancos privados do País. Os outros dois maiores – Santander e Bradesco -, já mostraram seus resultados não muito positivos, mas melhores que o esperado, na semana passada. No entanto, o clima não é de muita preocupação. Segundo Jorge Junqueira, sócio-gestor da Gauss Capital, os balanços já apresentados deram maior tranquilidade ao mercado.

No final do pregão, nem mesmo a melhora das Bolsas de Nova York ajudaram o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, a se firmar no positivo. Por lá, o impulso das ações veio da afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que não se opõe à ideia de a Microsoft comprar o aplicativo chinês TikTok, o que deu fôlego à ação da gigante da tecnologia.

Para o câmbio e os juros futuros, a sessão foi marcada pela expectativa. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, o mais líquido, encerrou com taxa de 1,895% (mínima), de 1,903% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa estável em 3,65%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 encerrou a 6,06% (mínima), de 6,07% no ajuste de sexta-feira. O mercado já projeta que o Banco Central deve anunciar um novo corte de 0,25 ponto percentual da Selic. Atualmente, a taxa básica de juros já está no menor patamar da história, a 2,00% ao ano.