A multinacional suíça de alimentos e bebidas Nestlé informou nesta quinta-feira que obteve lucro líquido de 5,9 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 6,44 bilhões) no primeiro semestre deste ano. O resultado representa alta de 16,4% ante o obtido nos seis primeiros meses do ano passado de 5,07 bilhões de francos suíços. Já a receita bruta da companhia recuou 9% na comparação com igual período do ano passado, atingindo 41,15 bilhões de francos suíços ante 25,46 bilhões de francos suíços obtidos no primeiro semestre trimestre de 2019. No período, o crescimento orgânico da Nestlé foi de 2,8%.
Analistas consultados pela própria companhia esperavam lucro líquido de 5,07 bilhões de francos suíços e receita de 41,5 bilhões de francos suíços.
O desempenho trimestral da companhia marca o segundo período consecutivo de queda na receita. Até o fim do ano passado, as vendas da companhia vinham sendo impulsionadas pelo negócio de alimentação para pets – Purina PetCare. A Nestlé disse que registrou um crescimento mais moderado na maioria dos seus principais mercados no segundo trimestre ante a alta acelerada do primeiro trimestre deste ano com consumidores reforçando o abastecimento em virtude da pandemia da covid-19.
Segundo a companhia, os segmentos de alimentação para animais de estimação, laticínios, pratos preparados, café para consumo doméstico e produtos para a saúde registram um forte crescimento, enquanto a divisão de águas e produtos de confeitaria profissional passaram por um declínio. A empresa informou que registrou uma mudança significativa no consumo dos produtos de estabelecimentos fora do lar para consumo doméstico. As vendas por canais eletrônicos cresceram 49% no primeiro semestre.
Para o acumulado do ano fiscal de 2020, a Nestlé projeta crescimento orgânico da receita de 2% a 3% e espera que melhore a margem de lucro operacional subjacente. A empresa disse que suas orientações financeiras são baseadas na suposição de que não haverá deterioração relevante das condições atuais em relação à crise do novo coronavírus.
Por Isadora Duarte, com informações da Dow Jones Newswires
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