Os Estados Unidos, que estão a menos de 100 dias de sua eleição para presidente, se preparam para um pleito sem precedentes, segundo analistas consultados pela rede norte-americana CNN, com as pesquisas mostrando o democrata Joe Biden como claro favorito. Em artigo escrito para a CNN, o analista Harry Enten lista cinco pontos que confirmam que essa será uma eleição singular.
Em primeiro lugar, ressalta ele, esse é um momento raro em que na disputa eleitoral o principal tema não é simplesmente a economia. Uma pesquisa da Fox News realizada no início desse mês mostrou que 29% dos eleitores disseram que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) é a questão mais importante enfrentada pelo país no momento. Isso representa quase o dobro dos 15% que responderam “economia” para essa pergunta.
Outro ponto destacado por Enten, as taxas de aprovação de Donald Trump, republicano que tenta a reeleição, são realmente ruins. No momento, a administração de Trump tem aproximadamente 40% de aprovação e 55% desaprovação rating. Isso resulta em uma taxa de aprovação líquida de -15 pontos.
Aliado a isso, uma possível vitória de Trump ainda está dentro da margem de erro, diz o analista. Biden está com uma vantagem de oito pontos (incluindo todas as pesquisas) a 12 pontos (apenas pesquisas de entrevistas ao vivo) na média nacional, dependendo do cálculo. “Essa é uma vantagem considerável”.
Em quarto lugar, o analista considera que é clara a vantagem de Biden no colégio eleitoral. Se você calcula a média das pesquisas em todos os estados, Biden lidera em estados com 352 votos eleitorais em relação a 186 de Trump. Ele também conta com o apoio na Geórgia (16 votos) e no Texas (38 votos).
Por último, o analista observa que se compararmos com o mesmo momento da eleição em 2016, Biden se encontra em uma posição muito melhor do que Hillary Clinton na época. Hillary estava atingindo seu ápice nas pesquisas nacionais neste exato momento, recorda o analista. Ela acabara de concluir uma bem-sucedida Convenção Nacional Democrata e mantinha uma média de 44% a 38% de vantagem em duas pesquisas de entrevistas ao vivo.
Por Fabiana Holtz
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