Com o fechamento do comércio físico para a contenção da pandemia em março de 2020, a internet se tornou a única alternativa para a maior parte do varejo brasileiro e mundial. Após queda durante momento de incertezas na primeira quinzena de março, o comércio eletrônico emplacou entre consumidores e lojistas e encerrou o semestre com alta de 145% nas vendas, no comparativo com o mesmo período de 2019, aponta o estudo “E-commerce na Pandemia”, realizado pela plataforma Nuvemshop.
O estudo fez uma apuração completa do setor considerando a base de dados da plataforma, que conta com mais de 50 mil lojas virtuais, e informações macroeconômicas do mercado brasileiro. Desta forma, o documento identificou também que o crescimento nas vendas refletiu em um aumento de 105% no faturamento dos lojistas, que ganharam no volume: enquanto o tíquete médio caiu em média 19%, a quantidade de consumidores que comprou mais de uma vez no mês cresceu 282%.
Na comparação com o número de lojas criadas na Nuvemshop no mesmo período do ano anterior, o número quase triplicou com a pandemia, chegando a 190%. No total, o número de lojas na plataforma cresceu 108% até chegar nos 50 mil estabelecimentos comerciais. A quantidade de novos compradores também teve o aumento significativo de 142%.
Expansão geográfica
O estudo também fez um recorte regional do crescimento do e-commerce no Brasil durante o semestre e detectou números importantes que também evidenciam os diferentes níveis de maturidade do e-commerce. As vendas online cresceram nos 27 estados brasileiros, porém 17 deles viram suas vendas crescerem acima da média nacional de 137%, e 13 deles estão nas regiões Norte e Nordeste.
O Acre lidera a lista com um aumento de 951%, seguido por Rio Grande do Norte (416%), Rondônia (409%), Sergipe (373%) e Alagoas (340%) completando os cinco maiores. No Sudeste, Espírito Santo teve o maior aumento, de 236%, seguido por Minas Gerais, 213%, Rio de Janeiro (154%) e São Paulo (96%), onde há o maior número de lojas.
Já o ‘top 5’ dos estados com maior aumento de novas lojas no período são Rio Grande do Norte (400%), Roraima (250%), Alagoas (233%), Pernambuco (218%) e Ceará (119%).
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