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Proposta conjunta de Claro, Tim e Vivo é uma boa notícia para a Oi

(Foto: Divulgação)

As empresas de telecomunicações Claro, TIM (TIMP3) e Vivo (VIVT4) informaram no último sábado (18) que apresentaram uma oferta conjunta para comprar o negócio de telefonia móvel da Oi (OIBR3/OIBR4).

A oferta conjunta está sujeita a algumas condições. Uma delas é o reconhecimento de que as três empresas são as primeiras proponentes, o que permite que elas tenham o direito de cobrir outras propostas que eventualmente forem feitas.

Os fatos relevantes publicados no último fim de semana pela Oi e por cada uma das companhias ofertantes não deram mais detalhes sobre a oferta.

Além disso, a Oi também confirmou o recebimento de uma proposta da Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações para a aquisição de suas torres de transmissão de radiofrequência por R$ 1,076 bilhão, valor em linha com o esperado de acordo com o plano de recuperação da companhia. Trata-se de proposta vinculante, irrevogável e irretratável.

Para analistas, a concretização do interesse de Claro, Tim e Vivo é uma boa notícia para a Oi à medida em que a venda de seus ativos móveis é um dos passos mais importantes para o sucesso de seu turnaround e uma possível saída do estado de Recuperação Judicial. Sendo assim, é esperado impacto positivo no preço das ações (OIBR3, OIBR4) no curto prazo.

Em junho deste ano, a empresa anunciou o plano de dividir sua operação em quatro unidades de negócio, abrindo espaço para a venda separada dessas unidades. Uma delas é a de ativos de telefonia móvel. Na época, a companhia divulgou que essa unidade valeria, no mínimo, R$ 15 bilhões.

Havia um receio de que as três companhias se organizassem em uma espécie de cartel e obrigassem a Oi a aceitar uma oferta ruim e hostil, desfavorável diante da eventual ausência de outras propostas. No entanto, as declarações das companhias têm sido no sentido de respeito à recuperação judicial e celeridade, sem demonstrarem a intenção de pagarem abaixo do valor justo pelos ativos.

Por isso, apesar da ausência de detalhes nos fatos relevantes publicados pela companhia, analistas apoestam que o valor de R$ 15 bilhões deve servir de base para a oferta conjunta de Claro, Tim e Vivo.

Além disso, a compra e posterior divisão dos ativos móveis entre as três companhias minimiza a chance de veto antitruste por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Na semana passada, a Oi já havia anunciado duas notícias positivas. A primeira é que a companhia quer liquidar o saldo devedor das suas dívidas com os bancos e com as agências de crédito à exportação (ECAs) com descontos de 60% no valor de face. A segunda é que a empresa quer reduzir em 50% o valor da sua dívida com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cujo montante devido é de aproximados R$ 12 bilhões.

O processo de renegociação de dívidas e venda de ativos é essencial para a Oi recuperar a sua capacidade de investimento. A companhia busca se tornar a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do Brasil a partir de investimentos em fibra óptica, o que – em tese – daria à companhia um papel relevante na massificação do 5G no País.

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