O número de total de mortes pelo novo coronavírus no interior de São Paulo superou o da capital nesta segunda-feira, 20. O aumento nos municípios de pequeno também levou a um recorde de óbitos nos últimos sete dias.
Entre as 10h31 de 13 de julho e as 10 horas de 20 de julho, foram 1.881 registros, o que significa a média semanal mais alta desde o início da pandemia da covid-19 (a anterior foi de 1.867, entre 15 e 22 de junho). Ao todo, o Estado teve 19.788 óbitos e 416.434 casos confirmados da doença.
“Nesta semana passada tivemos um número de óbito maior que as semanas anteriores, mas isso não altera o que já imaginávamos. A capital tinha uma tendência de queda, manutenção dos seus números e uma provável expansão no interior. A epidemia tem curvas diferentes”, justificou o secretário-executivo do Centro Contingência, João Gabbardo, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
“Houve, nos últimos quatro dias um pequeno aumento que pode ser considerado 14%, aumento que tivemos no Estado como um todo, até 15% a gente considera como uma estabilidade”, afirmou. “Na região metropolitana, o número de óbitos aumentou de uma forma muito pequena, de 7%, na capital foi 2,6%. No interior, desde o dia 7, 8 de julho, houve um aumento significativo no número de óbitos. Nesta última semana, o aumento no interior foi de 24%.”
Os municípios com maior número de mortes são: São Paulo (8.778), Guarulhos (927), Osasco (575), São Bernardo do Campo (559), Campinas (543), Santos (426), Santo André (342), Ribeirão Preto (279), Barueri (260) e Jundiaí (250).
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, apenas 8 dos 645 municípios paulistas não tiveram caso confirmado da doença. O secretário-executivo, Eduardo Ribeiro, também comentou sobre o avanço da doença fora da região metropolitana. “(São) 40% de casos no interior e 40% na capital, 166 mil casos em cada uma dessas duas regiões, essa evolução veio se dando nos último período.”
“Tivemos uma melhora significativa nas regiões de Sorocaba e Campinas. No alerta, as regiões do Vale do Ribeira. As outras regiões seguem com estabilidade no seus números”, acrescentou.
A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 66,8% no Estado, média que é de 64,9% na Grande São Paulo. Ao todo, são 5.852 pacientes na UTI e outros 8.746 em leitos de enfermaria, totalizando 14.598.
80,1% das vítimas tinha fatores de risco
Entre as vítimas fatais do novo coronavírus no Estado, 80,1% tinham ao menos um dos fatores de risco da doença. Os mais comuns foram: cardiopatia (58,5% dos óbitos), diabetes mellitus (43,2%), doenças neurológicas (11%), doença renal (9,7%), pneumopatia (8,3%), obesidade (7%), imunodepressão (6%), asma (3,1%), doenças hepáticas (2,2%), doença hematológica (1,9%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%).
Ao todo, 74,8% dos óbitos foram de pessoas com 60 anos ou mais. As demais faixas etárias se distribuem da seguinte forma: menores de 10 anos (28), 10 a 19 anos (37), 20 a 29 anos (163), 30 a 39 anos (639), 40 a 49 anos (1.373) e 50 a 59 anos (2.759).
Por Priscila Mengue e Marina Aragão
Be First to Comment