O período para inscrições no Programa Universidade Para Todos (Prouni) se encerra nesta sexta-feira, 17, às 23h59 – horário final para os estudantes interessados concluírem seu cadastro pelo site. Este segundo processo seletivo do programa em 2020 prevê a concessão de 168 mil bolsas parciais e integrais em faculdades privadas.
Das bolsas oferecidas, 60.551 são integrais e 107.229 são parciais – cobrem 50% da mensalidade do curso selecionado – disponíveis em 1.061 instituições. As vagas podem ser consultadas também no portal do programa.
O cronograma inicial das inscrições, divulgado em maio, sofreu adiamento por conta das consequências da pandemia, segundo o Ministério da Educação (MEC).
A divulgação do resultado da primeira chamada está prevista para este mês ainda, em 21 de julho. A comprovação de informações desta chamada deve ocorrer até o dia 28 deste mês e, o resultado da segunda chamada, no dia 4 de agosto.
Como se inscrever no Prouni?
Para se candidatar, o estudante deve informar o número de inscrição do Enem 2019 e a senha usada no exame. No momento da inscrição, o candidato faz, em ordem de preferência, até duas opções de instituição, curso e turno dentre as bolsas disponíveis, de acordo com seu perfil.
O participante com deficiência ou que se autodeclarar indígena, preto ou pardo pode optar por concorrer a bolsas destinadas a políticas de ações afirmativas.
Há uma segunda chamada, para aqueles que não for pré-selecionados na primeira. Depois dessas, o candidato que não for chamado pode manifestar interesse na lista de espera, que será usada pelas faculdades para preencher bolsas eventualmente disponíveis.
Quem pode se inscrever?
Podem participar do processo seletivo estudantes brasileiros que não possuam diploma de curso superior e tenham participado da edição de 2019 do Enem, tendo obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas do exame e nota superior a zero na redação.
Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa. O estudante também deve ter cursado o todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular como bolsista integral da própria escola.
Inadimplência no ensino superior
Universidades enfrentaram aumento de 75% na taxa de inadimplência entre abril a maio deste ano, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) para medir o impacto da pandemia no setor da educação.
Para a presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas (Anup), Elizabeth Guedes, o Prouni ajuda na melhora da situação econômica das instituições de educação superior. “Com as bolsas, professores e alunos são mantidos em sala de aula, mesmo sem a previsão de normalidade”, afirmou Elizabeth em entrevista à Agência Brasil.
A previsão do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) é que 2020 termine com, pelo menos, 11.3% do total de estudantes devendo ao menos uma parcela de mensalidade. Seria a maior taxa desde que o índice começou a ser monitorado em 2006. Até então, o maior número registrado foi no ano passado, com 9.5%.
Por Redação O Estado de S. Paulo
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