A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, se descolou das incertezas vistas nos índices internacionais para fechar o pregão desta sexta-feira, 17, com alta de 2,32%, aos 102.888,25 pontos. A expectativa de que a reforma tributária poderá ser aprovada levou os investidores às compras no mercado acionário brasileiro, que chegou a romper os 103 mil pontos. Já o dólar, no entanto, não conseguiu escapar do clima misto do exterior e fechou com alta de 1,02%, a R$ 5,3805.
A possibilidade de que a tributária seja votada rapidamente ganhou força na sessão de hoje. É esperado que na próxima terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, leve pessoalmente o texto até o Congresso. As expectativas seguem altas para a aprovação das medidas que podem ajudar a melhorar o resultado do PIB do País nos próximos anos, segundo aponta o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, os investidores também olham de perto a possível retomada da agenda de privatizações do governo.
Com o ambiente favorável o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, acelerou os ganhos no final do pregão e atingiu os 103.016,60 pontos na máxima do dia, uma alta de 2,4%. Os papéis Eletrobrás ON e PNB registravam altas de 14,77% e 12,99%, as duas maiores, diante do aumento da perspectiva de privatização.
Na ponta oposta, apenas três papéis estavam em queda, CVC ON (-1,76%), Gol PN (-1,09%) e Azul PN (-1,00%). O analista de renda variável da Warren Igor Cavaca aponta que os papéis recuam em meio às incertezas trazidas por uma eventual segunda onda do novo coronavírus no exterior e a aceleração da doença no Brasil. “O mercado ainda vê o setor como complicado, apesar da retomada da economia e da perspectiva de vacinas. O cenário ainda está negativo”, aponta. O analista aponta ainda a realização de lucros após a MP de socorro às aéreas, que impulsionou os papéis.
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