A JHSF (JHSF3) comunicou ao mercado na manhã desta quinta-feira (16) o preço da sua oferta subsequente (follow-on) de ações.
A oferta totalizou 41 milhões de novas ações ordinárias e o preço foi fixado em R$ 9,75. Dessa forma, a oferta movimentará R$ 399,75 milhões no mercado de capitais brasileiro.
Os recursos serão destinados à expansão da estratégia digital da companhia, a novos projetos de incorporação e à expansão de seu segmento de shopping centers.
Além das 41 milhões de novas ações inicialmente ofertadas, houve um acréscimo de 8,4% (3.427.950 ações). As ações eram de titularidade José Auriemo Neto, presidente da JHSF. Por se tratar de uma oferta secundária, o dinheiro não vai para o caixa da companhia.
A demanda pela oferta de ações da JHSF se mostrou bastante aquecida, com forte alta no preço das ações (JHSF3) nesta quarta-feira: valorização de 7,8%, bem acima da alta de 1,3% no Ibovespa. O preço da oferta é o mesmo preço de tela do fechamento do dia 14 de julho: R$ 9,75 por ação.
O mercado tem recebido muito bem as ofertas subsequentes de ações. Analistas esperam impacto positivo no preço das ações da JHSF no curto prazo. No entanto, a forte reação positiva do mercado na véspera pode limitar os ganhos no pregão desta quinta-feira.
Houve oferta secundária no lote suplementar, com a venda de participação do principal acionista da empresa: José Auriemo Neto, o que pode indicar um preço considerado alto pelas ações da companhia.
O follow-on também vai ser importante por aumentar o número de ações em negociação e dar mais liquidez às ações da JHSF.
Este é o segundo follow-on da companhia em menos de 12 meses. Em novembro do ano passado, a companhia já havia emitido 108 milhões de novas ações ordinárias ao preço de R$ 4,75, sem nenhum desconto do preço de tela na data do lançamento. Dessa forma, a captação em novembro foi de R$ 513 milhões.
Apesar do contexto macro conturbado, a JHSF segue apresentando novidades e vai se mostrando uma empresa resiliente embora tenha sido afetada em várias frentes por atuar nos segmentos de hotelaria, restaurantes, shoppings e aviação executiva.
No início de julho, a companhia anunciou a aquisição de um terreno de 34,5 mil metros quadrados ao lado do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Como o Shopping Cidade Jardim é um dos empreendimentos de maior sucesso da JHSF, a aquisição tem grande potencial.
Outra importante notícia é a chegada da Villa XP, um campus amplo e futurista semelhante ao que Apple e Google têm no Vale do Silício. Não bastasse a XP anunciar a compra de 500 mil metros quadrados da companhia em São Roque, a apenas 30 km da Fazenda Boa Vista, o novo campus vai valorizar de uma só vez dois ativos que a JHSF detém na área: o Catarina Fashion Outlet — tido como o melhor outlet de São Paulo — e o novo aeroporto executivo da empresa, cuja pista fica a menos de 500 metros dos futuros escritórios.
O principal catalisador das ações da JHSF é o desempenho na incorporação imobiliária, com grandes projetos multiuso como o shopping Cidade Jardim, com foco no mercado de alto luxo e altíssima renda em São Paulo.
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