Fortemente atingida pela crise do novo coronavírus, a Delta Air Lines registrou prejuízo líquido de US$ 5,72 bilhões no segundo trimestre de 2020, de acordo com balanço divulgado na manhã desta terça-feira, 14. O valor corresponde a prejuízo de US$ 4,43 por ação, maior do que a previsão de analistas consultados pelo FacSet, de US$ 4,21.
A companhia aérea vê desafios no curto prazo. “Dados os efeitos combinados do pandemia e do impacto financeiro associado na economia global, continuamos a acreditar que serão necessários mais de dois anos antes de vermos uma recuperação sustentável”, alerta o CEO da empresa, Ed Bastian.
Em termos de liquidez, a Delta tinha US$ 15,7 bilhões no fim do trimestre encerrado em junho de 2020. Já a receita surpreendeu: foi de US$ 1,47 bilhões no trimestre, superando a projeção de US$ 1,39 bilhão. Mesmo assim, a leitura representa um tombo em relação ao mesmo período do ano passado, quando a receita foi de US$ 12,54 bilhões.
A Delta Air Lines já tomou US$ 5,4 bilhões em empréstimos do governo norte-americano por meio da Lei Cares, criada pela Casa Branca justamente para ajudar empresas atingidas pela crise. A companhia vem retomando aos poucos suas atividades em meio ao processo de reabertura econômica.
O balanço divulgado nesta terça traz que novos procedimentos de higiene serão aplicados em todas as aeronaves e que todos os funcionários serão testados para a covid-19 regularmente, de modo a proteger a saúde de colaboradores e passageiros.
Às 08h24 (de Brasília), a ação da Delta Air Lines caía 2,72% no pré-mercado de Nova York.
Por Eduardo Gayer
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