A B3 (B3SA3) divulgou na segunda-feira (13), após o fechamento do mercado, o resultado operacional de junho. Os números operacionais foram bons, com forte crescimento do volume negociado no segmento listado de ações (Bolsa), que fechou em R$ 32,4 bilhões, aumento de 104% em relação ao mesmo período de 2019.
O fato que deixa os analistas otimistas é o forte crescimento da quantidade de investidores ativos na Bolsa, que aumentou para 2,68 milhão de CPFs, comparado aos 1,16 milhão de investidores em junho de 2019, um expressivo crescimento de 130,6%.
No segmento listado de juros, moedas e mercadorias (BM&F), a queda de 25,5% no volume de contratos foi mais do que compensada pelo aumento de 78,6% na receita média por contrato no período.
Analistas esperam impacto positivo no preço das ações da B3 (B3SA3) no curto prazo, pois o volume listado de ações apresentou mais um forte crescimento, reflexo da necessidade de recorrer à renda variável para rentabilidades mais expressivas diante de uma Selic cada vez menor.
Em junho, com boa parte da população em casa, com acesso à internet, tempo disponível e uma Selic cortada para 2,25%, 166.406 novos investidores se tornaram ativos na Bolsa (em relação a maio).
A conclusão é que a combinação de educação financeira, juros baixos e a própria duração da quarentena tem sido benéfica para a B3.
Além disso, outro recente catalisador tem sido a retomada dos processos de abertura de capital (IPO), o que pode trazer um forte ingresso de capital estrangeiro na Bolsa.
O forte resultado operacional é sinal de um bom resultado no segundo trimestre de 2020, que será divulgado em 13 de agosto.
No ano, as ações da B3 (B3SA3) disparam impressionantes 42% contra uma queda de 15% do Ibovespa.
Apesar da queda de 18% no Ibovespa no primeiro semestre do ano, os fundos de ações se destacaram no período e encerraram o semestre com R$ 49,5 bilhões de captação líquida (diferença entre aplicações e resgates). O montante é 89% superior na comparação com a primeira metade de 2019. Além do desempenho positivo no período, a classe de ações já não tem nenhuma saída líquida mensal desde dezembro de 2018.
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