Nesta quinta, 9, as bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, mas na maioria em baixa. O avanço do novo coronavírus, que continua a ocorrer nos Estados Unidos, provocou certa cautela, porém o índice Nasdaq continuou a ser apoiado pelas altas de grandes companhias do setor de tecnologia, renovando máxima histórica de fechamento.
O Dow Jones recuou 1,39%, a 25.706,09 pontos, o S&P 500 cedeu 0,56%, a 3.152,05 pontos, e o Nasdaq avançou 0,53%, a 10.547,75 pontos.
Os EUA voltaram a bater recorde diário de novos casos da covid-19. Mesmo que o presidente Donald Trump continue a insistir na reabertura econômica e minimize o problema, destacando que a taxa de mortalidade para a doença caiu no país, os possíveis impactos na atividade dos novos casos seguem bastante presentes no radar.
Houve ainda piora das bolsas após a Suprema Corte decidir que Trump deve entregar dados tributários a um promotor em Nova York. Em ano eleitoral, a política está no radar dos investidores, parte dos quais mostra certa cautela com a possibilidade de que o oposicionista Joe Biden possa elevar impostos para empresas.
Entre as ações em foco, Boeing caiu 3,78%, pressionada pela abertura de uma investigação da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA por supostas pressões da empresa sobre reguladores. O setor de tecnologia, porém, destoou do quadro em geral negativo e apoiou o Nasdaq, com Apple em alta de 0,36% e Microsoft, de 0,70%. Facebook subiu 0,38% e Alphabet, 1,00%, no setor de serviços de comunicação.
Na visão de analistas do banco britânico Natwest, é difícil prever neste momento a tendência do mercado acionário, “com os bancos centrais apoiando os ativos de risco globalmente e os balanços dos BCs continuando a se expandir enormemente”.
Por Iander Porcella e Gabriel Bueno da Costa
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