O comércio foi o setor que liderou a extinção de vagas no trimestre encerrado em maio, com 1,983 milhão de demissões em relação ao trimestre terminado em fevereiro. As dispensas foram recordes em oito das dez atividades econômicas pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem do trimestre terminado em fevereiro para o trimestre encerrado em maio, houve demissões também nas atividades de outros serviços (-675 mil ocupados), indústria (-1,230 milhão), alojamento e alimentação (-1,240 milhão), transporte (-420 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (-377 mil), construção (-1,083 milhão), serviços domésticos (-1,170 milhão) e informação, comunicação e atividades financeiras (-343 mil, única atividade que não registrou demissão histórica em maio).
O único segmento com contratações no período foi o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 748 mil vagas a mais. Segundo Adriana Beringuy. analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, o resultado foi puxado pelas contratações sazonais de profissionais de educação básica pelas Prefeituras de todo o País.
Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura perdeu 580 mil trabalhadores. A construção demitiu 1,024 milhão, o comércio dispensou 1,649 milhão. Alojamento e alimentação fechou 1,056 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,159 milhão de trabalhadores.
A indústria dispensou 925 mil funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 288 mil. Transporte perdeu 331 mil vagas, e outros serviços demitiram 570 mil pessoas.
Por outro lado, a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 593 mil trabalhadores a mais.
Por Daniela Amorim
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