Em meio à pandemia do novo coronavírus, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária caiu 0,6% em maio, para R$ 28,160 bilhões, informou nesta sexta-feira, 26, o Banco Central (BC).
Já o saldo para a indústria avançou 1,3%, para R$ 674,027 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 0,3%, para 854,064 bilhões.
No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo caiu 5,8%, aos R$ 10,278 bilhões.
Os dados apresentados agora pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas. Em meio à carência de recursos, as empresas aumentaram a demanda por várias linhas de crédito nos bancos.
Modalidades
As concessões de crédito para empresas caíram na maioria das modalidades, mas aumentaram em algumas. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que as concessões de crédito via desconto de duplicatas e recebíveis avançaram 0,7% em maio ante abril, para R$ 25,303 bilhões.
Já no caso do desconto de cheques, houve baixa de 17,8% e, na antecipação de faturas de cartão, ocorreu aumento de 15,6%. Os dados não levam em conta eventuais ajustes sazonais.
Os números do BC mostraram ainda que, em maio, a concessão de crédito para capital de giro despencou 25,9%. Dentro desta rubrica, o capital de giro com prazo inferior a 365 dias caiu 40,3%, enquanto operações com prazo maior tiveram baixa de 9,2%. Já o capital de giro na modalidade teto rotativo recuou 16,6%.
Conforme o Banco Central, no caso da conta garantida para empresas, as concessões caíram 7,6% em maio ante abril. Já o cheque especial para pessoas jurídicas registrou redução de 7,9% nas concessões no mês passado.
Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues
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