Segundo país do mundo com mais contaminados e mortos pelo novo coronavírus, o Brasil registrou nesta quarta-feira, 24, pelo 2º dia consecutivo, mais de mil óbitos pela doença. Foram 1.103 novas mortes e mais 40.995 casos confirmados de infecção em 24 horas, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde. No total, 53.874 brasileiros já perderam a vida por causa da covid-19 e 1.192.474 pessoas foram infectadas. O País contabilizou mais de 100 mil novos casos em apenas três dias.
O País é o segundo do mundo com maior número de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,3 milhões de infecções confirmadas e 121 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
O Estado de São Paulo, que desde o início é o epicentro da doença, contabilizou 9.347 novos casos de contaminação e 284 mortes, elevando o total para 238.822 e 13.352 respectivamente.
O Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 142 mortes registradas por covid-19 e 2.624 novos casos da doença no período de 24 horas. Agora são 9.295 mortes e 103.493 casos no total.
Após apontar ‘estabilização’, o Ministério admite alta de casos da covid-19
Após afirmar que o Brasil parecia caminhar para uma “estabilização” de casos e óbitos da covid-19, o Ministério da Saúde reconheceu nesta quarta-feira, 24, que os números da pandemia seguem crescendo.
“A gente tinha falado que parecia que a curva tenderia a certa estabilização, ou diminuição do número de casos. A gente vê que nesta semana tivemos aumento significativo de casos novos”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, em entrevista à imprensa.
A alta foi verificada na semana epidemiológica 25, que se encerrou em 20 de junho, sobre a anterior. Neste período, foram novos 217 mil casos no País, que liderou registros da doença no mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a América Latina ainda não atingiu o pico da covid-19. Por isso, é necessário manter as medidas de contenção do vírus até que a doença esteja controlada na região. Segundo o diretor do programa de emergências da entidade, Michael Ryan, é difícil prever quando esse pico chegará, pois depende da reação de cada governo à pandemia.
Divulgação de dados
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.
Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua com o objetivo de informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos.
A pasta informou, por volta das 18h desta quarta-feira, que o Brasil contabilizou 1.185óbitos e mais 42.725 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 1.188.631 casos confirmados e 53.830 mortes causadas pelo coronavírus.
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