A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses ficou estável no mês de junho, em 4,8%, seguindo no menor patamar histórico, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,6 ponto porcentual.
“Apesar de a mediana da expectativa da inflação dos consumidores permanecer no nível de maio, houve diminuição da inflação projetada pelas famílias dos extremos de renda da pesquisa. A boa notícia fica por conta do comportamento da renda mais alta que, pela primeira vez, encontra-se abaixo do patamar de 4%, convergindo cada vez mais para a expectativa dos especialistas de mercado”, afirmou Renata de Mello Franco, economista da FGV/Ibre.
Em junho, 55,2% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação (4,0%), a maior parcela nos últimos seis meses, enquanto a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) para 2020 diminuiu 1,7%, de 32,1% para 30,4%.
Na análise por faixas de renda, somente as famílias entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil de renda familiar mensal ajustaram para cima suas expectativas para a inflação nos 12 meses seguintes. No sentido contrário, entre as famílias com renda superior a R$ 9,6 mil mensais, as expectativas caíram 0,3 ponto porcentual, para 3,7%, o menor valor histórico da série.
Por Denise Luna
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