Quatro das cinco atividades de serviços registraram perdas em abril de 2020 em relação a abril de 2019, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume do setor de serviços recuou 17,2%, a taxa negativa mais intensa desde o início da série histórica.
Os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-21,2%) e serviços prestados às famílias (-65,2%) exerceram as principais influências negativas sobre a média global, impactados pelas medidas de isolamento social implementadas em todo o Brasil no combate à pandemia do novo coronavírus.
Os transportes foram negativamente pressionados pelo transporte rodoviário de carga; transporte aéreo de passageiros; transporte rodoviário coletivo de passageiros, correio nacional; transporte metroferroviário; concessionárias de rodovias; e operação de aeroportos.
Já nos serviços prestados às famílias, as perdas mais intensas ocorreram nos restaurantes; hotéis; catering e serviços de bufê; atividades de condicionamento físico; cursos diversos; produção e promoção de eventos esportivos; e gestão de espaços para artes cênicas e espetáculos.
“Todos os 23 tipos de serviços investigados prestados às famílias recuaram em abril em relação ao mesmo mês do ano passado”, ressaltou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.
Os demais recuos foram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-17,3%) e nos serviços de informação e comunicação (-4,8%). Houve perdas em empresas dos setores de administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; gestão de ativos intangíveis; atividades técnicas ligadas à arquitetura e à engenharia; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; agências de viagens; limpeza geral; atividades de cobranças e informações cadastrais; e locação de automóveis; telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; TV aberta; atividades de exibição cinematográfica; e operadoras de TV por assinatura por satélite, em serviços de informação e comunicação.
O único segmento com crescimento em abril foi o de outros serviços (1,0%) impulsionado pela maior receita das empresas de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial.
O índice de difusão do setor de serviços – que mede a quantidade de tipos de serviços com crescimento ante o mesmo mês do ano anterior – desceu de 38,0% em março para 24,1% em abril, o menor patamar desde maio de 2016, quando estava em 21,1%.
Por Daniela Amorim
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