Embora as incertezas sobre a pandemia coloquem as empresas em alerta, não há como preparar um manual único para o mundo corporativo. “Todos estão buscando um norte para orientar a retomada ao trabalho. É uma fase de aprendizado. Não há uma regra comum para todos “, explica o médico infectologista Sérgio Cimerman, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Para Cimerman, a regra geral é a informação. “Parece óbvio, mas é importante que cada colaborador entenda que a higienização das mãos, uso do álcool em gel e máscara, além do distanciamento, é o caminho para evitar o contágio.”
Nem todas as empresas comportam um ambulatório em suas instalações, segundo Cimerman. “E isso, por si só, não resolveria a questão.”
Desde o início do isolamento, grupos empresariais tentam se adequar à nova realidade.
Empresas como Bradesco e o Iguatemi, por exemplo, contrataram o laboratório Fleury para fazer testes de diagnósticos de covid-19 em seus funcionários, além de oferecer consultas virtuais. Segundo Carlos Marinelli, presidente do Fleury, a área de novos negócios do laboratório não deve acabar após a pandemia. “A telemedicina veio para ficar. A pandemia acelerou o nosso processo de digitalização”, disse.
Rodízio
No Bradesco, o serviço de testagem é oferecido aos funcionários das agências, que não pararam por ser uma atividade essencial. O banco está fazendo rodízio entre os funcionários de agências que trabalham de segunda à sexta-feira.
No fim de semana, o local é higienizado para que a outra turma possa assumir o posto na semana seguinte. O banco busca fazer o mapeamento para achatar a curva do coronavírus. Os testes não são obrigatórios e o nome do funcionário fica em sigilo.
Para Fernando Guinato Filho, diretor-geral do Sheraton WTC, dificilmente os protocolos de saúde do grupo vão recuar, mesmo após a pandemia. “Esta é uma crise que vai deixar marcas profundas em todos os setores.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Mônica Scaramuzzo
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