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Em meio às incertezas no exterior, Bolsa encerra estável e dólar fecha em alta, a R$ 5,13

(Foto: B3)

Apesar do clima positivo no mercado financeiro local nesta quinta-feira, 4, a incerteza das Bolsas de Nova York segurou os ganhos da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que teve ganho marginal de 0,89%, aos 93.828,61 pontos. O dólar também foi pressionado e voltou a subir, fechando com alta de 0,81%, cotado a R$ 5,1311.

Nos Estados Unidos, a possível nova declaração de Donald Trump contra a China desequilibrou os índices. A conta oficial do Departamento de Estado americano publicou em seu perfil oficial no Twitter uma suposta frase do presidente, na qual dizia que “os Estados Unidos querem uma relação aberta e construtiva com a China, mas alcançar essa relação exige de nós a defesa vigorosa de nossos interesses”.

Com a volatilidade no mercado americano, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, perdeu o fôlego visto na última sessão, apesar de ainda ser influenciado pelo movimento de reabertura das economias. Na máxima do dia, a Bolsa bateu rapidamente nos 94.132,30 pontos, mas logo recuou aos 93 mil pontos, onde permaneceu estável.

Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar à vista chegou a bater em R$ 5,1423 na máxima do dia. Apesar de estar longe do recorde nominal, quando não se desconta a inflação, de R$ 5,97, a moeda operou longe da mínima de 5,0171 da sessão da última quarta-feira, 3, quando fechou a R$ 5,0901.

Nos eventos, passou sem reação a fala do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kankzuk, mais concentrada nas questões de crédito, um dia depois de indicar que 2,25% pode não ser o ‘lower bound’ para a Selic. As apostas para o juro no próximo Copom voltam a se dividir, praticamente em 50% a 50% para cortes de 0,50 e 0,75 ponto porcentual, respectivamente.

Cenário internacional
Ainda nos Estados Unidos, os pedidos de recuperação judicial, no âbito do Capítulo 11 do Código de Falências americano, cresceram 48% em maio, na comparação anual, de acordo com relatório do Instituto de Falências Americano (ABI, na sigla em inglês). Ao todo, foram 724 novas solicitações no mês passado, alta de 30% em relação a abril.

Houve choque ainda com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que estimou uma inesperada queda de 8,7% no PIB da zona do euro – o que ainda afeta os negócios na Europa, que já caminha para o fechamento. Antes da previsão, o BCE anunciou aumento do programa de compra de ativos, animando os investidores. No Brasil, a agenda econômica esvaziada deixou os negócios ainda mais sensíveis ao vaivém externo em meio à repercussão de Lagarde, prognósticos da recuperação e dados, como auxílio-desemprego nos Estados Unidos.

Bolsas do exterior
Nova York sentiu a chegada de um possível novo conflito entre Estados Unidos – China e os índices fecharam sem direção única. O Nasdaq caiu 0,69%, o Dow Jones subiu 0,05% e o S&P 500 recuou 0,34%.

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