Com foco na recuperação econômica, após o auge de contaminações pelo novo coronavírus, causador da covid-19, ter, aparentemente, passado na Ásia e na Europa, ambos os continentes têm alta generalizada nos respectivos mercados de ações.
O otimismo em relação a uma reabertura no globo se sobrepõe à tensão entre Estados Unidos e China, que vem aumentando nas últimas semanas, tendo como pivô da situação Hong Kong.
Além disso, na Europa, dados sobre o setor de serviços da China, que indicam uma retomada, voltando a crescer em maio pela primeira vez desde janeiro deste ano, compensam preocupações sobre a tensão entre as duas maiores economias do mundo. A escalada de protestos antirracistas nos EUA, que já acontece há mais de uma semana e se espalhou pelo território americano, também se mantém em segundo plano.
O índice Pan-Europeu, que abrange todo o velho continente, abriu o pregão com ganho de 1%, liderado por seguradoras, automobilísticas, bancos e setores de óleo e gás.
A gradual reversão de medidas de quarentena em vários países continua alimentando esperanças de que a economia global se recupere após o violento impacto da pandemia. Além disso, há expectativas de que governos continuem adotando estímulos fiscais para potencializar os esforços monetários de bancos centrais e superar a crise provocada pela doença.
Bolsas da Ásia
O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,29% em Tóquio, a 22.613,76 pontos, impulsionado por papéis ligados ao petróleo, enquanto o Kospi saltou 2,87% em Seul, a 2.147,00 pontos, depois que a Coreia do Sul propôs um orçamento suplementar equivalente a cerca de US$ 29 bilhões para combater os efeitos da covid-19, o Hang Seng avançou 1,37% em Hong Kong, a 24.325,62 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,73% em Taiwan, a 11.320,16 pontos.
Na China continental, as altas foram apenas marginais: de 0,07% do Xangai Composto, a 2.923,37 pontos, e de 0,04% do Shenzhen Composto, a 1.847,38 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana também ficou no azul, e o índice S&P/ASX 200 avançou 1,83%, a 5.941,60 pontos, fechando no maior nível desde 6 de março. Dados oficiais mostraram que Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália sofreu contração de 0,3% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, a primeira desde 2011. Analistas, contudo, previam queda um pouco maior, de 0,4%.
Bolsas da Europa
Nas próximas horas, investidores na Europa vão acompanhar indicadores sobre atividade de serviços (PMIs) e desemprego. Às 4h05 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,79%, a de Frankfurt avançava 1,11% e a de Paris se valorizava 1,18%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,16%, 0,79% e 1,07%, respectivamente.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta na madrugada desta quarta-feira, ampliando robustos ganhos da sessão anterior, à espera de que a Opep+ – grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, como a Rússia – decida estender seu acordo para cortes na produção coletiva, durante teleconferência aguardada para quinta-feira, 4.
A valorização da commodity vem também depois de o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA sofreu queda de 500 mil barris na última semana. Pesquisa oficial sobre os estoques americanos, elaborada pelo Departamento de Energia (DoE), será publicada nesta quarta. Às 4h17 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho subia 2,47% na Nymex, a US$ 37,72, enquanto o do Brent para agosto avançava 1,79% na ICE, a US$ 40,28.
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