O governo lançou nesta terça-feira, 2, uma plataforma virtual chamada Sine Saúde para facilitar o preenchimento de vagas de emprego na área de saúde. O objetivo é criar uma ponte entre profissionais de saúde que buscam trabalho e instituições ou órgãos públicos que precisam contratar para reforçar o pelotão de frente no combate à pandemia do novo coronavírus.
Os cadastros poderão ser feitos por meio do portal Todos por Todos. A plataforma foi desenvolvida em uma parceria dos ministérios da Economia e da Saúde, Microsoft e Bizapp.
Segundo o secretário de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia, Fernando de Holanda Barbosa Filho, haverá três áreas distintas de cadastro e acesso: uma voltada a profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, etc), outra para gestores e uma terceira para profissionais que atuam em áreas correlatas, como eletricistas e bombeiros hidráulicos que podem ajudar a erguer hospitais de campanha, por exemplo.
“Estão faltando médicos e há médicos à procura de emprego. O objetivo é facilitar esse encontro entre o profissional e a vaga disponível”, afirmou.
Os profissionais de saúde poderão cadastrar seu currículo, indicar área de especialidade, carga horária semanal que podem disponibilizar e informar se estão ou não dispostos a sair de sua cidade para trabalhar. Já os gestores poderão cadastrar as vagas e informar as características, como a carga horária e local de prestação do serviço.
Tanto os profissionais quanto os gestores poderão buscar ativamente vagas ou candidatos qualificados. Para o secretário, a plataforma deve ajudar a suprir a necessidade de ampliar a quantidade de profissionais de saúde em atividade e também de substituir profissionais que, expostos, acabam sendo contaminados pela covid-19.
“Sabemos que muitos profissionais têm adoecido, isso requer uma substituição, requer também mais profissionais”, afirmou Barbosa Filho.
No fim de abril, 2.209 profissionais de saúde no Rio estavam afastados por terem contraído a doença ou porque estavam com suspeita. Em São Paulo, o número também passava dos 1,5 mil em abril.
Por Idiana Tomazelli e Jussara Soares
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