Inaugurado no fim do ano passado para ser o primeiro terminal privado para voos executivos, o Aeroporto Catarina, em São Roque (SP), viu sua demanda crescer – em parte pela pandemia. Com a crise do coronavírus e restrições em aeroportos, há a tendência de migração do público de altíssima renda para o segmento de aviação executiva.
A estimativa da empresa era ocupar a capacidade dos hangares construídos até dezembro de 2020, mas a meta foi alcançada já em abril. Assim, o aeroporto, que já havia recebido um investimento de R$ 700 milhões durante sua construção, está recebendo mais um aporte, de R$ 15 milhões. O dinheiro será usado para ampliar o número de hangares (galpão onde as aeronaves ficam estacionadas e são preparadas para o próximo voo) de dois para cinco.
Mesmo com a pandemia, o grupo manteve seus investimentos no Aeroporto Catarina, na rede de restaurantes e hotéis Fasano e na Fazenda Boa Vista. Com o crescimento da demanda na aviação executiva e a aceleração da plataforma digital, a JHSF vem buscando maneiras de mitigar o impacto econômico trazido pela Covid-19.
Segundo o presidente da companhia, Thiago Alonso de Oliveira, desde que a pandemia começou a se espalhar tem aparecido um número maior de passageiros “de primeira viagem” no segmento executivo.
A plataforma digital CJ Fashion apresentou crescimento de 300% nos pedidos online em março e abril, na comparação com janeiro e fevereiro. O grupo também implementou um serviço de entrega para os restaurantes da marca Fasano. Segundo Oliveira, as entregas da rede de restaurantes no segundo bimestre contra o primeiro bimestre deste ano cresceram na ordem de 600%.
Entretanto, analistas acreditam que o varejo eletrônico não será suficiente para salvar o resultado de 2020 da empresa dos impactos da quarentena da Covid-19 na economia. O processo de reabertura continua sendo o principal catalisador para o preço das ações.
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