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Eletrobras reporta lucro líquido de R$ 307 milhões no primeiro trimestre

(Foto: Divulgação)

A Eletrobras (ELET3/ELET6) divulgou na quinta-feira (28) seus números referentes ao primeiro trimestre de 2020. Eu classifico o resultado como misto, com bom crescimento das receitas, mas perda nas margens operacionais e queda acentuada no lucro líquido. Contudo, o resultado da última linha foi fortemente impactado por itens não caixa.

O destaque positivo foi a sua receita líquida recorrente de R$ 6,9 bilhões, apresentando um crescimento de 9% na comparação anual e levemente acima das expectativas.

Já o destaque negativo foi o incremento nos custos operacionais, que praticamente eliminaram o efeito do incremento das receitas no seu resultado operacional. Com isso, a geração de caixa recorrente medida pelo Ebitda fechou em R$ 3,2 bilhões e alta de 3,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2019, mas redução de margem Ebitda de 48% para 46%.

Por fim, o lucro líquido recorrente obtido no trimestre foi de R$ 307 milhões, uma queda de 77% frente ao primeiro trimestre de 2019.

O resultado da Eletrobras foi misto, com bons números de receita, mas aumento dos custos operacionais acima das expectativas, o que reduziu as suas margens no trimestre.

Analistas esperam impacto negativo no preço das ações no curto prazo, pesando o tom mais negativo do resultado bem como uma realização de lucros, visto que nas últimas duas semanas as ações ELET3 e ELET6 avançaram 32,8% e 26,7%, respectivamente, enquanto o Ibovespa apresentou alta de 11,3%.

No ano as ações da Eletrobras (ELET3/ELET6) caem 24,8% e 19,4%, respectivamente, em linha com a queda de 24,8% do Ibovespa. O aumento nos custos operacionais foi oriundo do segmento de geração, que subiu 36% enquanto a receita aumentou 6%.

A queda acentuada do lucro líquido foi devido ao aumento da despesa financeira, que passou de R$ 403 milhões no primeiro trimestre de 2019 para R$ 1,24 milhões no primeiro trimestre de 2020.

A piora no resultado financeiro foi decorrente: do efeito cambial na dívida em R$ 665 milhões, provenientes da variação cambial no período e que não afetam o caixa e da redimensionamento do valor justo da receita da Receita Básica do Sistema Existente (RBSE) em R$ 337 milhões, sem impacto no caixa

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