O Brasil alcançou um recorde de 5,026 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado significa 328 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em janeiro, um aumento de 7%. Em um ano, 151 mil pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 3,1%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Taxa de subutilização
No trimestre terminado em abril de 2020, faltou trabalho para 28,675 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pnad Contínua divulgados nesta quinta-feira, 28.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 23,2% no trimestre até janeiro para 25,6% no trimestre até abril. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até abril de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,9%.
Por Daniela Amorim
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