Controladora da operação do McDonald’s no Brasil, a Arcos Dorados afirmou que “reitera seu total compromisso com a manutenção de um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso, não tolerando nenhuma prática de assédio ou discriminação”, em resposta às denúncias apresentadas por um grupo de sindicatos de sete países na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por assédio sexual sistêmico na rede de lanchonetes. O McDonald’s Corporation disse, na mesma nota, que analisará a denúncia assim que a receber.
A denúncia dos sindicatos também envolve dois grandes bancos de investimento que, juntos, detêm participação de US$ 1,7 bilhão no McDonald’s: APG Asset Management, na Holanda, e Norges Bank, na Noruega. A denúncia diz que os sistemas de monitoramento interno e externo do APG Asset Management e do Norges Bank deveriam alertá-los para o crescente problema de assédio sexual na rede.
Em relação ao Brasil, o documento encaminhado ao Dutch National Contact Point (NCP), responsável por observar as diretrizes da OCDE para multinacionais, mostra que o que o Ministério Público do Trabalho recebeu 23 queixas com sérias indicações de assédio moral, assédio sexual e discriminação racial nas dependências da rede de fast-food. Na denúncia, porém, o foco é exclusivamente assédio.
A Arcos Dorados disse que havia prestado “esclarecimentos ao Ministério Público do Trabalho e que também foi feita uma investigação pelo sindicato local diretamente com os funcionários dos restaurantes, que não confirmou essas denúncias.” “A empresa atua sob um rígido Código de Conduta e treina constantemente seus líderes e equipes no tema”, escreveu a Arcos Dorados. Segundo a companhia, há um canal de denúncias anônimo e exclusivo para seus funcionários relatarem qualquer prática em desacordo com seus valores.
No Brasil, a Arcos Dorados emprega cerca de 50 mil pessoas.
Por Cristiane Barbieri
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