A XP Inc (XP) divulgou nesta terça-feira (12) o seu resultado referente ao primeiro trimestre de 2020. Os números apresentados foram bons e vieram acima das expectativas em termos de receita, reforçando seu potencial de crescimento e geração de valor ao acionista.
O principal destaque positivo foi a sua receita bruta de R$ 1,86 bilhão, um aumento de 84% na comparação anual e 9% na comparação trimestral. Tanto a receita proveniente do varejo como a institucional demonstraram bom desempenho, com crescimento anual de 79% e 126%, respectivamente e crescimento trimestral de 9% e 8%.
O principal destaque negativo foi o total de ativos sob custódia (R$ 366 bilhões), que embora tenha apresentado crescimento de 58% no comparativo com o primeiro trimestre de 2019, acabou recuando 11% com relação ao quarto trimestre do ano passado.
O resultado apresentado pela XP foi bom e os analistas apostam em impacto positivo no preço das suas ações no curto prazo. Após a divulgação, as suas ações, que são negociadas na bolsa de Nasdaq, avançaram mais de 8% nas negociações do after market.
A receita foi impulsionada tanto pelo aumento na base de clientes, que ultrapassou a marca de 2 milhões de contas ativas (20% a mais que no quarto trimestre de 2019) quanto pelo acréscimo no percentual de comissões (take-rate) do varejo – que fechou março com 1,4%, 0,2 ponto percentual a mais que no último período. A melhora na comissão foi por conta do aumento das receitas com corretagem em ações e derivativos e pelo aumento da receita acima do aumento dos ativos sob custódia.
A queda dos ativos sob custódia teve influência da desvalorização dos ativos devido às condições de mercado, cujo impacto foi negativo na ordem dos R$ 46 bilhões e de uma saída de um grande cliente no segmento corporativo, que reduziu o montante em R$ 21 bilhões. Houve ainda uma compensação na ordem dos R$ 15 bilhões de captação líquida no período. Embora o número seja desfavorável, ele já “está no preço”, posto que já foi apresentado pela companhia na sua prévia operacional divulgada no dia 15 de abril.
Na última linha, seu lucro líquido foi de R$ 398 milhões, alta de 89% na comparação anual e estável com o quarto trimestre de 2019.
Em geral, a empresa ficou praticamente imune aos impactos da pandemia do coronavírus neste primeiro trimestre. Contudo, o cenário tende a ser mais desafiador à frente, o que deve gerar revisão de lucros para baixo no restante do ano. Mesmo assim, na avaliação de analistas, a XP tem provado a resiliência do seu negócio, com forte potencial de crescimento e geração de valor ao acionista.
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