Diante do insucesso nos bloqueios viários para aumentar as taxas de isolamento social na cidade de São Paulo, a Prefeitura quer agora impor, a partir da segunda-feira, um novo tipo de rodízio para veículos a fim de desestimular as pessoas a saírem de casa. Nesta quarta-feira, a taxa de isolamento na capital ficou em 48%, quando o ideal seria 70%.
A medida se faz necessária porque, segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), a cidade precisa que as pessoas atendam aos apelos para ficar em casa, e só sair para atividades essenciais. Nesta quarta, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) chegou a registrar 24 quilômetros de congestionamentos às 19 horas. “A gente estuda a possibilidade de retorno do rodízio, a possibilidade de quais placas circulam durante o dia, se vai ser só no horário de pico ou no dia todo, se vai ser só no centro expandido ou na cidade toda. São várias as possibilidades que temos em cima da mesa e estamos analisando o impacto disso”, disse o prefeito, em entrevista à GloboNews.
Um dos aspectos avaliados é o impacto que a restrição à circulação de carros poderá trazer no transporte público, o que faria com que a Prefeitura tivesse de ampliar a oferta de ônibus para evitar aglomerações. “Aí se fala em um custo maior do sistema de transporte, aumento do subsídio que nós temos aqui na cidade”, completou.
O modelo da nova restrição será anunciado até sexta-feira, e vai valer já a partir da segunda. Covas ressaltou que os técnicos da área de Saúde insistem que a Prefeitura estabeleça a restrição à circulação para retardar a propagação da doença, e voltou a afirmar que lockdown “é uma das opções na mesa”, sem descartar a necessidade de adoção da quarentena mais severa.
A Prefeitura testou um modelo de bloqueio em quatro vias da capital, uma em cada região, nas pistas com sentido para o centro da cidade. “As pessoas não entenderam o recado, não entenderam a mensagem, e portanto o bloqueio não surtiu o efeito necessário”, disse Covas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Bruno Ribeiro
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