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Boa Vista: 52% dos consumidores dizem que não conseguirão pagar dívidas

Pesquisa da Boa Vista retrata que 52% dos consumidores no Brasil afirmaram que não conseguirão pagar as contas ou somente serão capazes de quitar metade dos compromissos financeiros. Conforme o levantamento realizado com 600 brasileiros, 80% disseram que já fizeram revisão no orçamento familiar.

Para 56% dos entrevistados, deixar as contas em dia será possível, no máximo, por dois meses, enquanto 12% disseram ter condições para isso entre três e quatro meses. Já 12% afirmaram que conseguirão honrar as finanças domésticas por um período de mais de quatro meses e 20% não souberam responder.

A Boa Vista também ouviu os consumidores para identificar que tipo de dívida possuem. Em média, 49% contaram ter alguma compra parcelada, como no cartão de crédito, boleto ou carnê de loja e cheque pré-datado. Outros 27% disseram que estão endividados por meio de financiamentos ou empréstimos, tais como financiamento de veículos e/imóvel ou empréstimo pessoal/consignado.

Crédito

Os consumidores disseram que estão incertos quanto ao futuro da economia e das suas finanças. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados têm perspectiva de que talvez precisarão contratar crédito para pagar as contas durante ou após a pandemia do novo coronavírus. Outros 41% dizem que não irão precisar contratar crédito neste momento.

Dos 52% que declararam que irão conseguir pagar apenas parte ou nenhuma conta nos próximos meses, 83% deles responderam que precisarão tomar crédito. Mesmo entre os 48% que dizem que não vão precisar desses recursos porque acreditam que terão condições de manter as contas em dia com a renda que possuem, 34% alegam que, em algum momento, virão a precisar de crédito extra, se a atual situação continuar, com comércio fechado, demissões e diminuição de renda.

A principal modalidade citada pelos que afirmam ter de tomar crédito, seja durante ou depois da pandemia, foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%).

Por Maria Regina Silva

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