O Ministério da Defesa informou que não recebeu “nenhuma notificação oficial” sobre o rompimento do acordo de compra da área de aviação comercial da Embraer pela Boeing. Em nota neste sábado, o Ministério diz ainda que “eventuais impactos econômicos, legais e políticos, além das repercussões na base industrial de defesa, decorrentes da decisão da Boeing de rescindir o Acordo Global da Operação (MTA), serão avaliados à medida que mais detalhes estejam disponíveis”.
A Defesa salienta ainda que a Embraer é considerada uma “empresa estratégica, fundamental para o País e com longa trajetória de sucesso”. Em outro trecho, o comunicado da Defesa destaca que “a operação envolvendo as duas companhias não incluiu a divisão de defesa da Embraer, que se manteve uma corporação independente para o desenvolvimento de produtos do setor”.
A rescisão do contrato entre as duas empresas foi comunicada neste sábado. Pelo acordo, firmado em 2018, a Boeing teria o controle sobre a aviação comercial da Embraer.
Na nota, a Defesa afirma que o Ministério e o Comando da Aeronáutica estão acompanhando atentamente “todos os aspectos relacionados ao tema”. Lembra ainda que a “histórica parceria” entre a Força Aérea Brasileira e a Embraer permitiu ao Brasil “grande desenvolvimento tecnológico, com o projeto e produção de aeronaves do mais elevado padrão internacional”.
Por fim, o comunicado cita que informações sobre os projetos do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira (FAB) com a Embraer “serão divulgadas, oportunamente, conforme as instituições forem formalmente notificadas sobre as condições que permanecem válidas”.
Por Tânia Monteiro
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