A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) comunicou que espera a reabertura de metade dos shopping centers até o dia 10 de maio. De acordo com a entidade, a estimativa leva em conta as publicações recentes dos decretos municipais e estaduais, que anunciam medidas de flexibilização relacionadas ao isolamento social imposto há mais de um mês e autorizam a reabertura dos centros comerciais.
Na quarta-feira (22) a Br Malls (BRML3) anunciou a reabertura de dois dos seus empreendimentos, o Shopping Iguatemi Caxias do Sul (RS) e o Shopping Campo Grande (MS). Eles vão reabrir com horário de funcionamento reduzido, das 12h às 20h.
De acordo com a Br Malls, a gestão dos shoppings “implementou protocolos rígidos relativos à sanitização dos referidos empreendimentos, em adição às recomendações das autoridades de saúde com o objetivo de preservar e priorizar a saúde e o bem-estar tanto de nossos clientes e lojistas, como de colaboradores e parceiros”.
A notícia é positiva para as empresas de shopping centers (ALSO3, BRML3, IGTA3, MULT3) e os analistas esperam impacto positivo no preço das ações de shoppings no curto prazo. Contudo, o potencial de alta é limitado pois a informação já pode estar no preço, visto que nesta semana as empresas sobem na média 10,3% ante alta de 2,1% no Ibovespa.
Sem dúvida, o prazo de duração do isolamento total é, por ora, o principal catalisador das ações e a retomada, ainda que parcial e em condições especiais, é um bom alento às companhias neste momento.
No acumulado anual as ações das empresas de shopping centers apresentam desvalorização de 36,8%, ante uma queda de 30,2% do Ibovespa.
Os shoppings reabertos pela BrMalls esta semana possuem juntos uma Área Bruta Locável (ABL) de 69 mil m², representando 5,3% da ABL total da companhia. Embora não seja tão relevante em termos de representatividade, o movimento pode ser um bom indicativo de que o pior ficou para trás e é questão de tempo para a volta do funcionamento integral dos seus shoppings pelo Brasil.
Em suma, o principal catalisador no preço das ações no curto prazo – a duração da quarentena e as respectivas medidas impositivas aos shopping centers, começa a ser desembrulhado. Após este, as empresas passarão pela segunda onda do coronavírus, relacionadas ao impacto econômico na confiança dos agentes e a contabilização dos resultados após o período traumático.
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