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Reabertura da economia nos EUA e esperança de cura animam investidores

(Foto: Divulgação)

Uma forte alta nos mercados marca a manhã desta sexta-feira (17). Na noite da quinta-feira (16), após o fechamento dos mercados, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, divulgou um plano de reabertura da economia americana que poderá ser posto em prática já no mês de maio. As diretrizes do governo dos Estados Unidos detalham uma reabertura da economia em três fases. Segundo Trump, a decisão dependerá dos governadores estaduais. Porém, o presidente afirmou que 29 dos 50 estados americanos têm condições de reabrir as economias a partir do início do próximo mês. Governadores de ambos os partidos tenham deixado claro que irão adotar as medidas no seu próprio ritmo, mas essa foi a primeira notícia a animar os mercados.

O segundo motivo para a euforia foram as notícias de confirmação da eficácia do medicamento Remdesivir no tratamento do coronavírus. O remédio é produzido pela empresa farmacêutica americana Gilead Sciences. Segundo um boletim da Universidade de Chicago, houve resultados positivos em 125 pacientes que apresentavam um quadro grave de contaminação pela covid-19. As ações da Gilead Sciences subiram 15% nos negócios de pré-abertura.

A alta se estendeu pelos demais mercados. Na Ásia, o índice japonês Nikkei fechou em alta de 3,15%, e o coreano Kospi avançou 3,09%. Em Xangai, a bolsa fechou com uma leve alta de 0,66%. Nem mesmo a notícia de retração de 6,8% no Produto Interno Bruto (PIB) chinês no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2019 foi capaz de desanimar os mercados. Ao divulgar as más notícias – foi a primeira contração trimestral da economia chinesa desde que os números começaram a ser medidos, em 1992 – as autoridades informaram que esperam uma recuperação rápida já no segundo trimestre deste ano.

A alta dos mercados se espalhou pela Europa. Na Alemanha, o índice Dax está subindo 3,93% e, em Londres, o FTSE avança 3,43%. Os contratos futuros do índice americano S&P 500 sobem 2,8 por a 2.870 pontos, e os contratos futuros de Ibovespa estão começando o dia em alta de 1,60%, a 80.300 pontos.

Inflação do aluguel

A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,00% no segundo decêndio de abril, em linha com os 0,99% do segundo decêndio de março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta sexta-feira (17).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu de 1,41% no segundo decêndio de março para 1,36% no segundo decêndio de abril.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,28% no segundo decêndio de abril, acima dos 0,04 % de março. Os preços do grupo Alimentação subiram 1,42% em abril, ante 0,63% em março. Os preços do item hortaliças e legumes subiram 8,99%, ante 4,65% do levantamento anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,22% no segundo decêndio de abril. No mês anterior, a inflação desse setor havia sido de 0,37%.

A FGV divulgou também uma desaceleração na inflação ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou uma inflação de 0,34% na segunda quinzena de abril, queda de 0,04% em relação ao IPC-S da semana anterior. Seis das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.

Em São Paulo, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou, nesta sexta-feira, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana de abril. O índice registrou uma deflação (queda de preços) de 0,03%, abaixo da inflação de 0,03% registrada na primeira quadrissemana de abril e dos 0,12% da segunda quadrissemana de março. Na segunda quadrissemana de abril de 2019, a inflação foi de 0,42%.

A descoberta de um medicamento para combater o coronavírus permite controlar a doença. Ao lado dessa notícia, ao oferecer um cenário para o retorno da economia à normalidade, o governo dos Estados Unidos permite que o mercado volte a traçar cenários, o que é essencial para a normalização da situação em todo o mundo.

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