Conforme antecipamos, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) foi exonerado, na tarde da quinta-feira (16), do cargo de ministro da Saúde. A demissão era iminente, faltando somente a escolha de um substituto para ser concretizada. Assim que o nome do oncologista Nelson Teich foi confirmado, Bolsonaro chamou Mandetta para uma reunião e o comunicou da sua demissão.
O episódio marca o fim de uma novela de desavenças entre os dois, chegou ao fim a passagem de Mandetta no ministério da Saúde. O médico aproveitou para dar entrevista coletiva após o comunicado, agradecendo toda a pasta pelo trabalho. Dessa vez, Mandetta foi diplomático, poupando críticas ao presidente e seu núcleo.
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, foi consultor da área de saúde na campanha de Bolsonaro e é fundador do Instituto COI, que realiza pesquisas sobre câncer. Teich é apadrinhado do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e do empresário bolsonarista Meyer Nigri, dono da Tecnisa. O oncologista tem, assim como Mandetta, perfil técnico e vem para destravar os debates “politizados” sobre a Covid-19.
No pronunciamento de ontem, Teich não entrou em detalhes sobre qual será a atuação do governo no combate ao coronavírus. Deu a entender, porém, que pouco deve mudar no curto prazo. Do ponto de vista político, a saída de Mandetta pode significar um afastamento do DEM do governo. Vale lembrar que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, rompeu com o presidente durante a pandemia. Podendo mexer com a governabilidade do Planalto, esse é um ponto para ficar bastante atento.
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