Sem dar uma data específica, mas ao dizer “a partir de agora”, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira, 17, que publicará um decreto que proíbe os moradores de sair às ruas sem máscaras. A afirmação foi feita quando Crivella comentava a situação da covid-19 na capital fluminense.
De acordo com ele, é para todos usarem a proteção – “do prefeito ao gari”. Crivella esteve pela manhã no Riocentro Convention & Event Center, na zona oeste, onde é construído o hospital de campanha da prefeitura do Rio, com 500 leitos. Na ocasião, mostrou preocupação com a sobrecarga do sistema de Saúde, que, segundo reportagens, começa a dar sinais de colapso.
A prefeitura anunciou, a fim de diminuir a fila de espera para as vítimas do novo coronavírus, mais dez vagas no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, na zona norte, que é referência na capital para o tratamento da doença. O hospital já estava no limite da ocupação das 50 camas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Outra crítica do prefeito do Rio tem como alvo a demora para a chegada de equipamentos à cidade. Crivella afirmou que as obras do hospital de campanha da prefeitura estão quase prontas, mas que teme que os materiais necessários para o atendimento de pacientes só chegue no fim de abril.
O prefeito também reclamou de cidadãos que não respeitam o isolamento social, principalmente, conforme ele, nas comunidades e em bairros pobres do município. “Tem jovens que estão nos bares, na convivência social, que não respeitam o afastamento social e não manifestam os sintomas, mas podem estar contaminando outras pessoas nas suas casas ou no seu convívio”, apontou.
Ao seguir uma linha que vai na contramão do que prega o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Crivella defendeu ainda a continuidade do fechamento do comércio na capital fluminense – e fez um apelo para que o Tribunal de Justiça (TJ) não conceda liminares que permitam a abertura das lojas.
Por Caio Sartori
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