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Mandetta de saída do Ministério da Saúde

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Ag. Brasil)

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), está de saída do governo. Nesta quarta-feira (15), ele concedeu entrevista coletiva no Palácio do Planalto afirmando que não consegue mais oferecer “outro tipo de posição por parte do Ministério da Saúde”, se referindo às suas divergências com o presidente Jair Bolsonaro.

O ministro ainda anunciou que não aceitaria a demissão de um dos seus braços direitos, o secretário nacional de Vigilância, Wanderson Oliveira, que havia pedido renúncia ainda na manhã desta quarta. “Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e sairemos do ministério juntos” afirmou Mandetta, em tom já de despedida. O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, também indicou que deve sair junto com o ministro.

Na quarta-feira (15), o ministro concedeu entrevista reforçando sua saída: “fico até encontrarem uma pessoa para assumir meu lugar”, afirmou Mandetta. Nos bastidores de Brasília, espera-se a demissão oficial do ministro entre hoje e amanhã. O Planalto só não demitiu Mandetta ainda porque ainda pondera nomes para substituí-lo.

O presidente procura por um novo ministro que seja médico e tenha perfil conservador. Segundo fontes, é importante que o novo chefe da pasta seja contra o aborto e também defenda o uso da hidroxicloroquina como contraponto ao isolamento social. Nomes como o cardiologista Roberto Kalil Filho, o oncologista Nelson Teich e o oftalmologista Claudio Lottenberg estão à mesa.

Mandetta selou seu destino quando topou fazer uma matéria exclusiva para o programa “Fantástico” da Rede Globo de Televisão, no último domingo. Até então, o ministro tinha algum apoio da ala militar do governo e continuava no cargo por ter alta popularidade entre os brasileiros.

A sua saída representa uma mudança de direção na política de combate à Covid-19. Ainda não se sabe qual será a nova postura do governo, mas certamente pode-se esperar novas iniciativas de afrouxamento do isolamento social. O novo ministro da Saúde será muito mais alinhado com as opiniões de Bolsonaro.

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