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Todos pela saúde compartilhará decisões com autoridades de saúde pública

O diretor-geral do Hospital Sírio Libanês, Paulo Chapchap, que lidera o grupo formado pelo Itaú Unibanco na iniciativa Todos pela Saúde, afirmou que o objetivo do grupo e da doação de R$ 1 bilhão feita pela banco privado é para ajudar o governo federal e o sistema público de saúde a implementar medidas no combate à covid-19.

O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, frisou que a ação não foi combinada com o Ministério da Saúde ou com o governo. “Trata-se de uma iniciativa de solidariedade”, disse, observando que a proposta é contribuir para combater a pandemia nas diferentes classes sociais e apoiar as iniciativas da saúde pública.

Segundo Chapchap, entre as propostas de trabalho estão tentativas de uma ampla testagem de pessoas no País para que a atividade econômica possa ser retomada com segurança. Chapchap afirmou ainda que a iniciativa também buscará fomentar a indústria nacional de saúde para a fabricação de equipamentos, entre os quais respiradores, a fim de suprir necessidades que não possam ser cobertas com a importação.

Os comentários foram feitos durante coletiva à imprensa para comentar sobre a iniciativa do Itaú Unibanco, da qual participaram também o presidente da instituição financeira, Cândido Bracher, o médico e escritor Drauzio Varella, o ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS) Maurício Ceschin, o consultor do Conselho dos Secretários de Saúde (CONASS) Eugênio Vilaça Mendes, o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, e o presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pedro Barbosa.

Drauzio Varella comentou, assim como todos os outros especialistas do grupo que participam da videoconferência, que o isolamento continua sendo a medida mais eficiente para o combate do coronavírus e que se trata de prevenção não só a si mesmo, mas da sociedade. Sobre o uso da cloroquina, todos os especialistas concordam que os estudos científicos não são ainda suficientes para que sua utilização seja feita com segurança.

Chapchap comentou ainda que o sistema de saúde está, por enquanto, mais sobrecarregado em Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Seu entendimento é de que o sistema de saúde apresentará sobrecarga de modo diferente, a depender do Estado.

Drauzio Varella destacou que a desigualdade social terá impacto grande na disseminação da pandemia. O presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pedro Barbosa, observou ainda que os governos precisam contribuir para o isolamento. “Vemos baixa no isolamento por conflito provocado pelo governo”, afirmou. Segundo ele, os governos estaduais precisam apoiar à população mais pobre para fortalecer o isolamento, com renda e garantir a vida dessas pessoas.

Por Cynthia Decloedt

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