A rede estadual de Saúde do Rio de Janeiro já tem 70% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados por pacientes infectados pelo novo coronavírus. Enquanto os hospitais de campanha do Estado não são inaugurados, há disponíveis, atualmente, apenas 217 leitos. No caso dos leitos de enfermaria, a ocupação pelas vítimas da covid-19 é de quase metade da rede: 49%.
O governo estadual já anunciou a construção de oito hospitais de campanha para tratar os infectados. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 548 leitos foram destinados aos contaminados neste contexto de pandemia. Ao todo, diz a pasta, serão disponibilizados cerca de 3,4 mil, sendo 2 mil nos novos hospitais.
Há ainda o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste da capital, concebido pela Prefeitura. Serão 500 leitos nessa unidade.
Até este domingo, 12, o Rio já tinha registrado 2.855 casos da doença, com 170 mortos. Aos poucos, as vítimas começam a aparecer com maior frequência em bairros mais pobres e municípios da região metropolitana, como os da Baixada Fluminense.
Um colapso na rede é uma das grandes preocupações das autoridades. No caso do Rio, o governador Wilson Witzel e o secretário Edmar Santos têm reforçado que o momento é de ficar em casa, saindo apenas em situações inevitáveis.
Nas últimas duas semanas, contudo, é perceptível nas ruas da capital fluminense um aumento na circulação de pessoas. Filas têm sido formadas nas agências bancárias, por exemplo, que funcionam em horário reduzido.
A orla também tem ficado cheia de pessoas que praticam atividades como caminhada, corrida e pedalada – o que não é proibido pelas autoridades nem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As areias das praias, no entanto, estão com acesso proibido. Policiais percorrem a orla à procura de quem desobedece a determinação.
Por Caio Sartori
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