O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que, em apenas uma semana, 60% dos 1.662 leitos de baixa e média complexidade criados na cidade de São Paulo para pacientes com coronavírus foram ocupados. “Mas até sair no jornal esse número já terá aumentado. Ou as pessoas ficam em casa e impedem a doença de se proliferar ou não haverá leito para elas em uma semana”, disse.
“Mesmo com todos os leitos que ainda vamos instalar, os dados mostram que tudo será ocupado muito rapidamente. Seguramente a gente vai ocupar em um curto espaço de tempo”, afirmou Aparecido.
Ontem, o hospital de campanha montado no Anhembi, na zona norte de São Paulo, foi inaugurado e recebeu os primeiros oito pacientes. Neste primeiro momento, o Anhembi conta com 326 leitos, segundo Aparecido, mas a capacidade total será de 1,8 mil.
Além do Anhembi, a Prefeitura e o Estado montaram um hospital de campanha no Pacaembu, que já recebeu 47 pacientes. Um outro hospital será montado no Ginásio do Ibirapuera, na zona sul da capital.
A Prefeitura destaca que essas estruturas recebem pessoas transferidas de ambulâncias e de outras unidades, ou seja, ninguém deve procurar um hospital de campanha diretamente.
O Estado de São Paulo acumula no Brasil o maior número de mortes relacionadas à pandemia do novo coronavírus. Das 1.124 mortes confirmadas no Brasil em decorrência da covid-19, 560 ocorreram no Estado de São Paulo, a maioria na capital.
Mas o número pode ser bem maior, já que há uma longa fila de testes à espera de resultado. De acordo com o secretário, a Prefeitura aguarda resultados dos exames de cerca de 700 pessoas que morreram por síndrome respiratória aguda.
“A gente tem um conjunto de suspeitos que morreram com problemas respiratórios e nós fizemos o teste mas ainda não saiu o resultado”, explicou. “Temos cerca de 12 mil exames feitos na cidade que estão no Instituto Adolfo Lutz. Desses, cerca de 700 vieram a óbito.” A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estado.
Ainda segundo o secretário, a doença está se disseminando muito rapidamente nas periferias, localizadas nos extremos das zonas leste, sul e norte. “Está indo em uma velocidade muito grande, maior neste momento na periferia do que no restante da cidade”, explicou.
Assalto. Policiais do Departamento de Operações Estratégicas (Dope) detiveram ontem mais de dez suspeitos de integrar uma quadrilha que roubou 15 mil testes para covid-19 e 2 milhões de máscaras do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a polícia, eles guardavam os materiais em um galpão no Ipiranga, na zona sul.
Agentes da polícia se passaram por compradores do material e se comprometeram a dar R$ 3 milhões pelos testes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Paula Reverbel. Colaborou Luiz Vassallo
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