O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, defendeu nesta quarta-feira, 8, que a nova liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será feita com “zelo” para garantir a sustentabilidade do fundo. Questionado sobre uma possível ampliação do valor do saque pelo Congresso Nacional, ele respondeu que a liberação de R$ 1.045 por trabalhador é o limite para que o fundo consiga manter seus investimentos.
O diretor do FGTS e do Codefat, Gustavo Tillmann, revelou que a capacidade de oferecer um saque maior foi estudada, mas reafirmou que a liberação de R$ 1.045 foi a considerada a mais segura.
“Para liberar todo o saldo, mobilizaríamos R$ 390 bilhões e acabaríamos com o fundo. Não haveria mais políticas de saneamento e habitação custeadas pelo fundo. A maior parte do dinheiro do curso estão emprestados para operações de financiamento”, completou.
Segundo Tillmann a medida ainda foi calculada para suportar o não ingresso de novos valores no FGTS por três meses, lembrando que as empresas estarão dispensadas em depositar os valores por 90 dias. “Para aumentarmos os valores dos saques, teríamos que vender todos os títulos públicos em posse do FGTS, gerando uma inundação no mercado e criando dificuldades para o Tesouro Nacional”, alertou.
O governo federal confirmou no Diário Oficial da União (DOU) uma nova fase de liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Medida Provisória publicada na noite da terça-feira vai permitir saques de R$ 1.045 por trabalhador.
A medida faz parte das ações adotadas para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no País e foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os valores poderão ser retirados a partir de 15 de junho e ficarão disponíveis até 31 de dezembro.
Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues
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