A JBS (JBSS3) anunciou na noite da segunda-feira (6), após o fechamento do mercado, a conclusão da aquisição da empresa americana Empire Packing, dona da marca Ledbetter. A transação foi realizada pela JBS USA, subsidiária da companhia nos Estados Unidos.
A companhia já havia comunicado a celebração do acordo de aquisição no dia 18 de fevereiro, cujo valor informado chegou a US$ 238 milhões. Porém, a transação estava sujeita à aprovação das autoridades locais, além de outras condições naturais relacionadas a este tipo de operação.
De acordo com André Nogueira, CEO da operação da JBS nos EUA: “a Empire é uma respeitada empresa familiar, com forte liderança e ativos de qualidade localizados em regiões estratégicas nos Estados Unidos e que se enquadram bem no modelo de negócios“, A aquisição inclui cinco unidades produtivas localizadas em Cincinnati (Ohio), Denver (Colorado), Mason (Ohio), Memphis (Tennessee) e Olympia (Washington), bem como da marca de produtos ofertados no varejo, a Ledbetter.
Embora não tenham sido divulgados maiores detalhes quanto a capacidade operacional das unidades produtivas transacionadas tampouco os múltiplos registrados na negociação, acreditamos que a aquisição é boa para a JBS e deve gerar valor para os acionistas no longo prazo.
No curto prazo, esperamos impacto neutro no preço das ações (JBSS3) devido a esta informação “já estar no preço”, dado que, após o anúncio do dia 18 de fevereiro, as ações subiram 4,28% no pregão seguinte, bem acima da alta de 1,34% do Ibovespa na mesma sessão.
Em 2019 cerca de 80% da receita da JBS foi proveniente das suas operações nos Estados Unidos, que incluem o segmento de carne bovina, suína e de frango. Com este novo negócio, a companhia amplia sua capacidade e diversifica seu portfólio ao contar com a produtos do tipo Case Ready (cortes embalados e mais práticos para o consumo).
O principal catalisador para as ações do setor de proteína é o efeito do coronavírus nas suas operações. Embora parte do mercado acredite que as empresas podem se beneficiar desse contexto, o momento atual parece ainda ser incipiente para avaliar com mais detalhes os impactos relacionados à pandemia.
Com a economia chinesa saindo da quarentena aos poucos e voltando ao normal, as exportações de carne bovina deverão crescer no segundo trimestre de 2020, depois de um período mais fraco no primeiro trimestre. A alta do dólar beneficia os exportadores brasileiros de proteína animal em 2020.
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